Torcedores da Espanha comemoram título em Porto Alegre
Holandeses acompanharam a partida em restaurante da Capital
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O nervosismo era grande entre “laranjas” e “furiosos”, já que um deles poderia levantar a taça pela primeira vez na história da Copa. Apesar de a Fúria ser a grande favorita, os holandeses se mostraram alegres e otimistas desde o começo do jogo. A Holanda pressionou, especialmente no final do primeiro tempo.
Simpatizante da Laranja Mecânica desde criança, o estudante Leonardo Bacchi, de 26 anos, acreditava na fama de “amarelona” da Espanha. “Eles são estigmatizados pelo fracasso, por nadar e morrer na praia”, diz o estudante de Ciências da Computação. “No segundo tempo, os espanhóis irão sentir esse peso e ficar mais nervosos. Os holandeses têm mais sangue frio”.
Enquanto isso, em outro bairro mais tranquilo da cidade, espanhóis parecem fazer uma corrente de boas vibrações para a Fúria. O segundo tempo de Holanda e Espanha começa quente. Um jogo pegado, com muitas faltas marcadas para ambas as equipes. A cada chance perdida, a pequena torcida da Espanha ia ao desespero.
O gesto de levar as mãos à cabeça foram repetidos várias vezes. Aos 35 minutos do segundo tempo, um alarme falso, quase fez a torcida do Instituto Cervantes comemorar o gol, mas a bola foi para fora do campo. Era o prenúncio de que haveria prorrogação. O silêncio tomou conta do espaço espanhol.
O time da Holanda parecia ter perdido as forças e as chances foram todas da Fúria espanhola. Já aos quatro minutos do primeiro tempo da prorrogação, os torcedores chegaram a ficar de pé, mas o goleiro holandês fez uma bela defesa, mais uma vez. A pressão era toda espanhola. Mais dois minutos e a torcida chega a gritar “gol”, mas a jabulani engana e vai pelo lado de fora da rede.
Só aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação é que os torcedores espanhóis têm a chance de colocar para fora o grito de gol que estava preso na garganta. “No princípio, não estava acreditando que seríamos campeões, mas o time foi melhorando e conseguimos. É maravilhoso”, diz Evaristo Galello, 67 anos, nascido em Vigo, na Província da Galiza.
O analista de sistemas Leandro Siminovich não tem descendência espanhola, mas torceu para a Fúria em apoio ao genro espanhol, Sérgio Florido, que passa férias na Capital. “O time da Espanha vem jogando bem, tem uma boa história no futebol. Na Copa, foi a mais bem preparada”, diz Leandro.
“Estou muito feliz. Achava que seríamos campeões, mas depois complicou. Felizmente, deu tudo certo. Comemoro longe de casa, mas com muita emoção”, afirma o espanhol Sérgio, que, pela primeira vez, sente o gosto de ser um campeão do Mundo.
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