Corredor de 29 anos morre em hospital após sofrer colapso na Maratona de Londres
Organização da prova argumenta que calor pode ter colaborado para mal-estar do atleta
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De acordo com a organização, esta edição da Maratona de Londres ocorreu sob as condições mais quentes já vistas na história da prova, o que pode ter colaborado para o colapso sofrido pelo corredor. "Embora ele tenha recebido atendimento médico imediato no local pelos médicos da prova, morreu mais tarde no hospital", confirmou o comunicado, que também informou que novos exames médicos ainda precisarão ser realizados para descobrir as causas da morte de Matt Campbell.
A organização da prova ainda revelou que o corredor estava participando desta prova com a intenção de homenagear o seu pai, Martin, que morreu em 2016. "A família de Matt prestou homenagem aos seus inspiradores filho e irmão (Josh), que foi um entusiasmado maratonista e que no início deste mês completou a Maratona de Manchester em menos de três horas", destacou o comunicado.
Matt Campbell ainda estava divulgando nesta prova o nome da instituição de caridade The Brathay Trust, que tem o objetivo de inspirar jovens pessoas consideradas vulneráveis na sociedade a fazer mudanças positivas em suas vidas. "Todos os envolvidos na organização da Maratona de Londres gostariam de expressar nossas sinceras condolências à família e amigos de Matt. Nenhum outro detalhe será divulgado e a família pediu por privacidade. A causa exata da morte será estabelecida pelo exame médico posterior", afirmou a organização no fim do comunicado oficial.
Calor
Nesta edição da Maratona de Londres, as temperaturas atingiram 24º Celsius, que é uma temperatura considerada alta para esta época do ano na capital inglesa. E o calor era considerado uma das maiores preocupações para os organizadores. Em 2007, ano em que o termômetro indicou 22,2º C durante a edição daquele ano da prova em Londres, um corredor também morreu após sofrer um colapso, mais de 5 mil pessoas envolvidas na disputa precisaram receber atendimento médico e 73 foram encaminhadas a hospitais.
Esta nova morte foi um duro golpe para a organização da Maratona de Londres, que contou neste domingo com a participação da rainha Elizabeth II. Ela apertou o botão de "start" em um púlpito montado em frente ao Castelo de Windsor para dar largada às provas da elite masculina e dos corredores amadores. O local de chegada da corrida foi o Palácio de Buckingham, a residência oficial da monarquia britânica.
Nesta edição da Maratona de Londres, o Quênia comemorou uma dobradinha ao ver dois de seus corredores como vencedores da prova masculina e da disputa feminina. Atual campeão olímpico, Eliud Kipchoge confirmou o seu favoritismo para ganhar a prova pela terceira vez em sua carreira, enquanto que Vivian Cheruiyot surpreendeu entre as mulheres para também garantir o nome do seu país no topo do pódio.