Crise do coronavírus poderia provocar grandes mudanças no futebol, diz presidente da Fifa

Crise do coronavírus poderia provocar grandes mudanças no futebol, diz presidente da Fifa

Gianni Infantino estuda "formatos diferentes, competições reduzidas, com mais equilíbrio e menos jogos"

AFP

Gianni Infantino estuda "formatos diferentes, competições reduzidas, com mais equilíbrio e menos jogos"

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A crise provocada pela pandemia do coronavírus poderia provocar grandes mudanças no mundo do futebol, alertou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em entrevista publicada, nesta segunda-feira, pelo diário esportivo italiano La Gazzetta dello Sport. "Precisamos de uma avaliação do impacto econômico global" provocado pela pandemia do coronavírus, afirmou o mandatário da entidade que rege o futebol. "Vamos calcular o prejuízo, olhar como cobri-lo, fazer sacrifícios e seguir em frente", completou.

Infantino explicou que isso não significa "começar do zero" e alertou que é preciso "salvar o futebol de uma crise que pode ser irreversível". "Não sabemos quando voltará a normalidade", continuou o dirigente suíço de 50 anos, que vê na crise uma oportunidade. "Podemos talvez aproveitar para reformar o futebol dando um passo para trás. Com formatos diferentes, competições reduzidas, até com menos equipes, mas com mais equilíbrio e menos jogos para proteger a saúde dos jogadores", cogitou Infantino, garantindo que estas propostas "não são ficção científica".

Infantino revelou que a Fifa está trabalhando em medidas para os jogadores cujos contratos terminam em 30 de junho. "Pensamos em modificações e derrogações temporárias ao regulamento sobre o estatuto dos jogadores e de transferências para proteger os contratos". O dirigente insistiu que todas as medidas exigiram um "sacrifício". "São necessárias medidas rigorosas. Mas não há outra opção. Todos temos que fazer sacrifícios". Por outro lado, Infantino negou estar negociando a criação de uma Superliga fechada com clubes europeus, um pedido dos presidentes de alguns dos gigantes do continente. "No futuro, é preciso haver pelo menos 50 seleções que possam ganhar a Copa do Mundo e não só oito seleções europeias e sul-americanas. E 50 clubes que possam ganhar o Mundial de Clubes, não só cinco ou seis europeus. E, desses 50, 20 serão europeus, o que já me parece melhor do que atualmente", argumentou Infantino. "Não é momento de falar sobre isso, porque a saúde das pessoas é prioridade", completou.

O primeiro Mundial de Clubes com o novo formato de 24 clubes está previsto para ser disputado de 17 de junho a 4 de julho de 2021. "Voltaremos a jogar quando for possível, sem colocar em risco a saúde de ninguém", concluiu. ea/chc/mcd/am 


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