Eleição do Clube dos Treze marca disputa entre Fábio Koff e Kléber Leite

Eleição do Clube dos Treze marca disputa entre Fábio Koff e Kléber Leite

Ex-dirigente gremista teria maioria das intenções de votos

João Paulo Fontoura/Correio do Povo

Fábio Koff tem a maioria dos clubes do seu lado

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Quando foi criado, em 1987, o Clube dos 13 assinou um contrato de 3,4 milhões de dólares para ceder os direitos de televisão da Copa União, competição criada às pressas pelos clubes naquele ano para acudir, na época, a endividada CBF, sem condições de organizar o Campeonato Brasileiro.

Vinte e três anos depois, o Brasileirão é visto por mais de 120 países e o valor anual de televisionamento é de cerca de R$ 600 milhões. Especula-se que o próximo acordo aproxime-se de R$ 1 bilhão, fora o lucro com o advento do pay-per-view. O dado é apenas um indicador do que está em jogo na eleição de hoje.

De um lado, Fábio Koff, do outro, Kléber Leite. Ambos disputam a presidência da entidade. No horizonte, o futuro do futebol brasileiro. "Quando assumi, a televisão pagava por um ano R$ 10 milhões aos clubes. Este contrato era negociado pela CBF e por sua agência de marketing, que recebia comissão pelo acordo", afirma Fábio Koff, desde 1996 no comando do C13.

Dono de uma empresa de marketing esportivo, Leite rebate:"Temos que ter outros mecanismos para não ficarmos arraigados a uma única fonte de receita. Os anunciantes estão sensíveis a investir no futebol", garante.

A partir das 14h de hoje, no escritório do C13, em São Paulo, os 20 clubes que compõem o grupo, por meio de voto aberto, além de apontarem a chapa vencedora, estarão medindo também a pressão feita por Ricardo Teixeira, cabo eleitoral da candidatura de Kléber Leite.

"CBF e Clube dos 13 são entidades antagônicas e distintas. Em dezembro passado, na calada da noite, a CBF retirou os direitos de negociação da Série B do Brasileiro da FBA. Os clubes não aceitam mais ser vassalos", diz Koff.

Desde que foi antecipada, a eleição fervilhou os bastidores. Botafogo e Goiás, temendo o rebaixamento, Coritiba, suplicando a redução da pena de interdição do estádio Couto Pereira, e São Paulo, sofrendo as críticas ao projeto do Morumbi para a Copa, são apenas alguns exemplos daqueles que foram alvo das investidas do manda-chuva dos que conduzem o futebol.

"O apoio de Teixeira significa muito. E estão falando justamente o contrário. A proposta dele é que os clubes participem mais na confecção, ingressos e até no calendário nacional", aponta Leite, referindo-se a probabilidade da CBF ceder ao C13 a administração do Campeonato Brasileiro. O assunto pega o opositor de surpresa.

"Defendo a criação da liga desde que assumi. E tenho encontrado exatamente na CBF, principal apoiadora do meu adversário, a maior resistência" reclama Koff. E depois da eleição? "Tenho convicção que os clubes sairão mais fortes", afirma Koff. "Meu primeiro ato, se eleito, será propor mudança no estatuto. Uma reeleição e o caminho de casa para o presidente", finaliza Kléber Leite.

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