Em protesto por atraso salarial, elenco do Botafogo se cala após empate
Jogadores da equipe carioca adotaram "lei do silêncio" por conta dos dois meses sem receber
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Os jogadores do Botafogo se calaram após o empate sem gols diante do Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. Com o atraso salarial, os atletas adotaram a "lei do silêncio", algo que já vinha ocorrendo durante a semana de treinos. Apenas o técnico Eduardo Barroca concedeu entrevista coletiva.
Apesar de dois meses de salários atrasados (maio e junho), os jogadores do Botafogo fizeram uma partida digna e jogaram de igual para igual contra um Cruzeiro focado também no clássico mineiro, válido pelas quartas de final da Copa do Brasil. Mas ninguém falou após a partida.
Coube então ao técnico Eduardo Barroca comentar sobre o protesto e os salários atrasados. "Eu toquei neste assunto na sexta-feira e volto a falar para o torcedor do Botafogo. A minha responsabilidade é preservar o lado desportivo. Cobrar os jogadores neste sentido. E hoje saio daqui bastante satisfeito pela dedicação e performance dos jogadores. Jogar contra o Cruzeiro no Mineirão e terminar o primeiro tempo com 63% de posse de bola. Teve chance claríssima no fim do jogo, na qual poderíamos ter feito o gol da vitória", disse.
O treinador também analisou o desempenho do time frente ao Cruzeiro: "Acho que foi um jogo equilibrado, o Botafogo com proposta de tentar o jogo mais curto e controlar mais o jogo. O Cruzeiro não precisa de muitos toques na bola para chegar no gol adversário. A gente optou pelo jogo mais curto, a equipe do Cruzeiro não se sente desconfortável com a bola. Ela fica bem tranquila sem a bola, consegue administrar muito bem isso. Na hora que rouba a bola, tem um poder de definição muito grande", finalizou.
Com o resultado, o Botafogo ficou com 16 pontos, dentro da zona de classificação à Copa Libertadores de 2020. O próximo desafio no torneio será diante do Santos, domingo, às 11 horas, no Engenhão.