Empresa de amigo de Teixeira forja carta em jogo do Brasil
Sem experiência, Ailanto Marketing recebeu R$ 8,5 milhões para organizar partida contra Portugal
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Para demonstrar capacidade técnica para ser contratada, a empresa exibiu uma carta de outra firma de Sandro Rosell, a Bonus. O texto apontava a Ailanto como organizadora de Portugal x Arábia Saudita, em 2006, mas a empresa só foi fundada em 2008, poucos meses antes de Brasil x Portugal e dois anos após o outro amistoso.
Cobertura no Rio de Janeiro
A polícia também está no encalço de Ricardo Teixeira por causa de um negócio envolvendo uma cobertura no Rio de Janeiro. O imóvel, atualmente ocupado por Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira e secretária-executiva do Comitê Organizador da Copa de 2014, foi vendido pelo empresário Cláudio Abrahão ao dirigente em 2009 por R$ 720 mil, mesmo valor que ele gastou para comprá-lo sete anos antes.
Cláudio e seu irmão são donos da agência que vende todas as passagens aéreas usadas pela CBF. E foram agraciados com os direitos de comercialização de parte dos cem mil pacotes de luxo com ingressos garantidos. A polícia já sabe que uma empresa dos irmãos Abrahão também se envolveu no amistoso entre Brasil e Portugal.
A Pallas pagou as despesas de hospedagem da seleção de Portugal em Brasília, mas quem deveria bancar a despesa é a Ailanto Marketing. Mas o Ministério Público do Distrito Federal diz que o dinheiro saiu da renda do jogo.
A empresa dos amigos de Teixeira ainda declarou ter pago o hotel dos portugueses ao custo de R$ 484 por apartamento. Dois anos depois, a diária do mesmo quarto sai por R$ 292.