EUA investigam papel de bancos no escândalo da Fifa

EUA investigam papel de bancos no escândalo da Fifa

Autoridades querem saber se grandes bancos não falharam no controle de fluxo de dinheiro entre contas vinculadas ao caso

AFP

Autoridades querem saber se bancos não estavam envolvidos no escândalo

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As autoridades americanas abriram investigações sobre o papel de grandes bancos, entre eles Barclays, HSBC, Credit Suisse e Deutsche Bank, no escândalo de corrupção que abala a Fifa, informaram nesta quinta-feira fontes ligadas ao caso.

Os serviços do procurador federal de Brooklyn e o regulador dos serviços financeiros de Nova Iorque (DFS) querem saber se grandes bancos não falharam no controle de fluxo de dinheiro entre contas vinculadas ao caso, explicou uma dessas fontes, que pediu o anonimato.

Também está sendo questionada a legalidade de transações efetuadas por alguns desses bancos por conta de dirigentes da Fifa acusados de lavagem de dinheiro, acrescentou a outra fonte.

O procurador de Brooklyn pediu esclarecimentos ao HSBC Holdings e à Standard Chartered, entre outros bancos, avisou uma das fontes confirmando informações do Wall Street Journal. "Continuamos avaliando alegações sobre o indiciamento de dirigentes da Fifa e podemos assegurar que nossos serviços não foram utilizados para cometer crimes financeiros", reagiu Rob Sherman, porta-voz da HSBC, em email enviado à imprensa.

Já o DFS pediu informações a pelo menos seis grandes bancos, entre eles os britânicos Barclays e Standard Chartered, o suíço Credit Suisse e o israelense Bank Hapoalim. Barclays, Credit Suisse e Deutsche Bank não quiseram comentar o assunto.

De acordo com as fontes, os reguladores querem ter acesso às conclusões de investigações internas realizadas pela maioria dos grandes bancos depois do escândalo do 27 de maio, quando sete altos dirigentes da Fifa foram presos na Suíça. A lei americana sobre lavagem de dinheiro obriga os bancos a reforçar a fiscalização e avisar as autoridades regularmente sobre transferências em espécie realizadas por não americanos, principalmente em casos considerados "sensíveis".

O objetivo é evitar falhas que deixariam traficantes de drogas e terroristas lavar dinheiro. O rigor das autoridades americanas levou os bancos JPMorgan Chase e HSBC a fechar contas bancárias de diplomatas e de altos dirigentes não americanos considerados "politicamente sensíveis" nos Estados Unidos. De acordo com as fontes, as investigações do procurador do Brooklyn e do DFS são distintas, e ainda estão na fase preliminar.

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