Ex-jogadores e técnico protestam por mudanças na porta da CBF
Raí e Alex lideraram ação por troca no sistema de comando do futebol brasileiro
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Para o tetracampeão mundial, as reivindicações são consequências do amadurecimento democrático do país para superar sistemas eleitorais viciados, como os que ocorrem no futebol. "Acho que tudo o que aconteceu nos últimos tempos na CBF, na parte ética e moral, é o mínimo que a gente pode questionar. O sistema que existe aí é o que está no poder há vários anos", comentou.
De acordo com o ex-jogador, o mais urgente, neste momento, é modificar o sistema que existe na CBF e partir do zero para repensar a estrutura do futebol. Raí afastou a possibilidade de se candidatar a um cargo na entidade, mas demonstrou vontade de participar de movimentos para construir um futuro diferente do que existe atualmente. "A gente está vendo o que está nos envergonhando, não só no aspecto de resultados, mas, principalmente, no campo ético e moral. Obviamente, um país que quer viver uma realidade democrática, não pode aceitar uma instituição que tem a representação, mas não é soberana", afirmou.
De acordo com ele, as discussões vão enriquecer o debate que será amplo e com diversas propostas interessantes. Para o ex-jogador Alex, a estrutura de eleição atual da CBF é para perpetuar quem está no poder. "Juridicamente, pode até existir alguma brecha, mas são brechas bem pequenas. O ideal, não sei se isso vai acontecer, e aí é um sentimento de criancinha, é de que a coisa caminhe por um lado bom. O primeiro passo para se resolver um problema é reconhecer que este problema existe e, ao que parece, a gente não reconhece", disse.
Segundo Alex, se a diretoria da CBF não aceitar que existe a necessidade de modificar a estrutura da entidade, a briga será longa e talvez interminável. "Existe a situação de 14 federações se juntarem e tentar a mudança de estatuto, mas passa por uma boa vontade de quem está no comando do futebol neste momento e a consciência de que nós temos problemas estruturais", afirmou.
O ex-jogador disse ainda sentir tristeza com a atual situação do futebol brasileiro por notar muitos sonhos deixados de lado e torcedores desacreditados e desanimados com os seus clubes. "A minha visão para o meu filho de 4 anos é que ele possa ver um futebol melhor do que eu vejo hoje".