Ex-jogadores e técnico protestam por mudanças na porta da CBF

Ex-jogadores e técnico protestam por mudanças na porta da CBF

Raí e Alex lideraram ação por troca no sistema de comando do futebol brasileiro

Agência Brasil

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Os ex- jogadores de futebol Raí, Djalminha e Alex, além do técnico Paulo Autuori, fizeram uma manifestação na porta da sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para pedir modificações na estrutura da entidade, no sistema de eleições e a renúncia da atual diretoria. No início do protesto, com apoio do Bom Senso F.C. e que incluiu ainda um grupo de torcedores, Raí leu um manifesto assinado por 130 personalidades de diversos setores do país, incluindo artistas, acadêmicos e jornalistas.

Para o tetracampeão mundial, as reivindicações são consequências do amadurecimento democrático do país para superar sistemas eleitorais viciados, como os que ocorrem no futebol. "Acho que tudo o que aconteceu nos últimos tempos na CBF, na parte ética e moral, é o mínimo que a gente pode questionar. O sistema que existe aí é o que está no poder há vários anos", comentou.

De acordo com o ex-jogador, o mais urgente, neste momento, é modificar o sistema que existe na CBF e partir do zero para repensar a estrutura do futebol. Raí afastou a possibilidade de se candidatar a um cargo na entidade, mas demonstrou vontade de participar de movimentos para construir um futuro diferente do que existe atualmente. "A gente está vendo o que está nos envergonhando, não só no aspecto de resultados, mas, principalmente, no campo ético e moral. Obviamente, um país que quer viver uma realidade democrática, não pode aceitar uma instituição que tem a representação, mas não é soberana", afirmou.

De acordo com ele, as discussões vão enriquecer o debate que será amplo e com diversas propostas interessantes. Para o ex-jogador Alex, a estrutura de eleição atual da CBF é para perpetuar quem está no poder. "Juridicamente, pode até existir alguma brecha, mas são brechas bem pequenas. O ideal, não sei se isso vai acontecer, e aí é um sentimento de criancinha, é de que a coisa caminhe por um lado bom. O primeiro passo para se resolver um problema é reconhecer que este problema existe e, ao que parece, a gente não reconhece", disse.

Segundo Alex, se a diretoria da CBF não aceitar que existe a necessidade de modificar a estrutura da entidade, a briga será longa e talvez interminável. "Existe a situação de 14 federações se juntarem e tentar a mudança de estatuto, mas passa por uma boa vontade de quem está no comando do futebol neste momento e a consciência de que nós temos problemas estruturais", afirmou.

O ex-jogador disse ainda sentir tristeza com a atual situação do futebol brasileiro por notar muitos sonhos deixados de lado e torcedores desacreditados e desanimados com os seus clubes. "A minha visão para o meu filho de 4 anos é que ele possa ver um futebol melhor do que eu vejo hoje".


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