Fabiana Murer supera trauma e leva prata no Mundial de Atletismo

Fabiana Murer supera trauma e leva prata no Mundial de Atletismo

Cubana Yarisley Silva conquistou o ouro em Pequim

AFP

Fabiana Murer levou a prata em Pequim

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A brasileira Fabiana Murer ficou muito perto do bicampeonato no Mundial de Atletismo de Pequim, mas acabou levando a medalha de prata ao ser superada novamente pela cubana Yarisley Silva. Aos 34 anos, ela igualou a melhor marca da sua carreira, os 4,85 m que tinha alcançado quando se tornou a única campeã mundial da história do atletismo brasileiro em Daegu-2011. O índice não foi suficiente para derrotar Silva, que conseguiu 4,90 m na última tentativa. O bronze ficou com a grega Nicoleta Kyriakopoulou (4,80 m).

"Me sinto maravilhosamente bem, foi um ano muito duro, em que superei todas as barreiras psicológicas. Realizei meu sonho ao dar estar medalha a Cuba", vibrou a campeã, visivelmente emocionada. Apesar do sabor amargo por ter deixado escapar o bi por muito pouco, a brasileira conquistou um grande resultado, justamente no estádio 'Ninho do Pássaro', onde passou por uma das maiores desilusões da sua carreira, quando uma das suas varas sumiu durante durante a final das Olimpíadas de Pequim-2008.

Quatro anos depois, nos Jogos de Londres-2012, a atleta nascida em Campinas foi eliminada logo na fase classificatória, sem conseguir encaixar um salto sequer por causa do vento. Desta vez, todas as condições estavam reunidas e Fabiana conquistou a primeira medalha do Brasil neste Mundial, que pode muito bem ser a única, já que dificilmente outro atleta do país subirá ao pódio na capital chinesa.

"Estou muito feliz, e sinto algo diferente em relação às outras medalhas que conquistei, já que estou no final da minha carreira e quero aproveitar o momento", comemorou a brasileira depois da conquista.

Duelo nas alturas

A prata veio com emoção. No salto em 4,85 m que garantiu a medalha, a brasileira chegou a tocar o sarrafo, que tremeu por alguns segundos, mas acabou não caindo. A marca dava o ouro à brasileira, já que a cubana tinha feito mais tentativas na competição. Para desbancar Fabiana, Yarisley precisava saltar 4,90 m, e foi o que aconteceu, na terceira e última tentativa.

Murer começou muito bem na prova, passando sem problemas por 4,50 m, 4,60 m e 4,70, enquanto a cubana precisou de três tentativas para superar 4,70. O primeiro tropeço da brasileira aconteceu na marca de 4,80 m, mas ela superou esta altura na segunda tentativa. Naquele momento, quem liderava a prova era a grega Kyriakopoulou, que tinha passado todos os sarrafos na primeira tentativa. Ela acabou ficando fora da disputa a 4,85 m, quando Yarisley passou com autoridade e Fabiana 'com emoção'.

Agora, ela sonha em se despedir em grande estilo, com uma medalha em casa nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano que vem. "Os Jogos serão no Brasil, então será muito especial, mas vou continuar treinando da mesma maneira. Estou confiante e no Rio vou dar meu melhor", prometeu. Campeã Pan-Americana no Rio em 2007, Fabiana ficou com a prata nas duas edições seguintes, com Yarisley Silva sempre conquistando o ouro. Ela também ostenta no currículo o título mundial indoor, em 2010, em Doha, no Catar.

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