Federação Internacional de Atletismo barra pessoas trans de competições femininas

Federação Internacional de Atletismo barra pessoas trans de competições femininas

Presidente da Federação, Sebastian Coe, anunciou que nova regra valerá a partir do dia 31 de março

AFP

Decisão foi anunciada nesta quinta-feira

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As pessoas transgênero serão vetadas das competições femininas de atletismo "a partir de 31 de março", anunciou, nesta quinta-feira (23), Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics). "O Conselho (do World Athletics) decidiu excluir das competições femininas internacionais os atletas transgênero homens e mulheres que tenham tido puberdade masculina", explicou Coe.

Segundo Coe, as medidas foram adotadas "para proteger a categoria feminina do nosso esporte e fazê-lo restringindo a participação dos atletas transgênero e intersexuais". A maioria dos atores do atletismo consultados "avaliou que os atletas transgênero não devem competir na categoria feminina", explicou.

"Para muitos, as provas de que as mulheres trans não mantêm uma vantagem competitiva sobre as mulheres biológicas são insuficientes. Querem mais provas antes de levar em consideração a opção de uma inclusão na categoria feminina", acrescentou o dirigente máximo da World Athletics.

O regulamento atual determina que as atletas transgênero que quiserem participar na categoria feminina mantenham sua taxa de testosterona abaixo do limite de 5 nanomoles/l durante um ano.

Por outro lado, as atletas intersexuais, por exemplo a emblemática corredora sul-africana Caster Semenya, devem, desde abril de 2018, manter sua taxa de testosterona abaixo dos 5 nml/l durante seis meses para serem autorizadas a participar de provas de distância entre os 400 e os 1.609 metros (milha).

Este regulamento havia sido denunciado por Semenya (bicampeã olímpica e tricampeã mundial dos 800 metros), que se nega a se submeter a um tratamento hormonal ou a cirurgia. A esportista sul-africana perdeu os recursos interpostos, especialmente no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

Em novembro de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) havia pedido às federações esportivas que estabelecessem critérios próprios sobre as pessoas transgênero e intersexuais nas competições de alto nível.

 


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