Fifa adota reformas para melhorar transparência e governança
Entre as medidas está a separação das funções políticas e de direção
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Estas reformas buscam essencialmente melhorar a governança, com uma limitação a 12 anos dos mandatos acumulados do presidente e um controle da integridade dos eleitos. Com elas também se pretende aumentar a transparência dos fluxos financeiros e das remunerações.
As propostas para as reformas foram elaboradas por uma comissão que teve como presidente François Carrand, advogado de Lausanne e ex-diretor-geral do Comitê Olímpico Internacional (COI), que liderou uma missão similar quando o COI precisou enfrentar um importante escândalo de corrupção.
As principais reformas aprovadas:
• Limitação a três mandatos de quatro anos, 12 anos no máximo, para o presidente da Fifa e todos os outros funcionários de alto escalão (membros do Conselho da Fifa de nova criação, da Comissão de Auditoria e Conformidade e dos órgãos jurisdicionais).
• Separação das funções políticas e de direção. Por um lado, o Conselho da Fifa, que substitui o atual Comitê Executivo, estará encarregado de definir a estratégia da Fifa. Por outro lado, o secretário-geral executará as decisões do Conselho. Tudo isso com o objetivo de evitar os conflitos de interesses.
• Eleição dos membros do Conselho da Fifa pelas federações depois de "controles de integridade reforçados" por parte de uma Comissão de Controle, igualmente criada para a ocasião. O número de membros do Conselho chegará a 36.
• Publicação das receitas do presidente da Fifa e de todos os demais integrantes de alto escalão (membros do Conselho da Fifa, da Comissão de Auditoria e Conformidade e dos órgãos jurisdicionais).
• Redução do número de comissões de 26 a 9, mas também a criação de uma comissão que reúne os colaboradores (representantes dos clubes, dos jogadores, das ligas, etc).
• Reforço da presença das mulheres nos órgãos de governo, com ao menos uma mulher eleita no Conselho por cada confederação.