Fifa exige milhões de dólares de antigos dirigentes perseguidos

Fifa exige milhões de dólares de antigos dirigentes perseguidos

Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero estão entre os executivos processados

AFP

Fifa exige "milhões de dólares" de seus antigos dirigentes perseguidos

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A Fifa solicitou à justiça americana a recuperação de "dezenas de milhões de dólares" de seus antigos dirigentes perseguidos nos Estados Unidos, acusados de ter desviado mais de 200 milhões de dólares, segundo os documentos publicados nesta quarta-feira. O pedido significa um novo golpe contra os ex-dirigentes da Concacaf e Conmebol processados por corrupção, a quem a entidade que rege o futebol exige que sejam devolvidos salários e outros benefícios.



No processo de 22 páginas apresentado nesta quarta-feira, a Fifa estima em "pelo menos 22.224.687 dólares" a quantia que precisa ser devolvida a seus cofres a caráter de restituição de salários e outros benefícios obtidos pelos acusados dentro da entidade desde 2004.

"Ao privar a Fifa de serviços honestos, os acusados receberam dinheiro da Fifa de maneira injusta na forma de salários, bônus, benefícios e outras compensações", acusa a denúncia, explicando que a entidade "tem direito à restituição destes valores".

A Fifa incluiu na lista de acusados o nome de quase todos os ex-dirigentes da Concacaf e Conmebol processados pela justiça federal de Nova Iorque e que em algum momento integraram o Comitê Executivo ou outros cargos na entidade.

Brasileiros envolvidos 

Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, três ex-presidentes da CBF, fazem parte dos dirigentes processados pela Fifa e são acusados de receber e distribuir propinas em contratos da CBF e da Conmebol.

Marin encontra-se em prisão domiciliar em Nova Iorque enquanto aguarda julgamento. Del Nero e Teixeira não saem do Brasil por medo de serem detidos.

De Teixeira, presidente da CBF entre 1989 e 2012 e membro do Comitê Executivo da Fifa entre 1994 e 2012, são exigidos mais de 3,5 milhões de dólares, enquanto Del Nero teria que devolver 1,67 milhão de dólares e Marin 115 mil dólares.

Outros dirigentes que viraram réus após o escândalo de corrupção que atingiu a Fifa em maio do ano passado também serão processados, como o americano Chuck Blazer (US$ 5,37 milhões), o trinitino Jack Warner (US$ 4,5 milhões) e Jeffrey Webb (US$ 2,1 milhões), das Ilhas Cayman.

Estes valores se somam ao dinheiro que a Fifa pede de indenização por propinas e outras manobras ilegais dos ex-dirigentes, num total que chegaria a 290 milhões de dólares.

O documento apresentado fez menção específica à corrupção da Concacaf e da União Centro-Americana de Futebol (UCAF) na venda de direitos de comercialização das eliminatórias para a Copa do Mundo.

Neste sentido, a Fifa afirma que os acusados se aproveitaram do "prestigio" da Copa do Mundo para "ficar com o dinheiro e negociar subornos" no valor de centenas de milhares de dólares, acusando diretamente o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Julio Rocha, os hondurenhos Alfredo Hawit e Rafael Callejas e outros dirigentes da região.

Envolvida no pior escândalo de corrupção de sua história, a Fifa se baseia na investigação americana para também acusar a África do Sul de ter pago 10 milhões de dólares em subornos, incluindo o polêmico dirigente Jack Wartner, para a obtenção do Mundial 2010.

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