Fifa: Justiça suíça investiga 81 suspeitas de lavagem de dinheiro
Não foram fornecidos detalhes sobre os valores já bloqueados e nem os nomes dos investigados
publicidade
"O departamento do procurador-geral (MPC) recebeu até a data de hoje (domingo) a informação de 81 casos suspeitos através do serviço de comunicação de lavagem de dinheiro (MROS). Todos esses casos estão ligados à investigação do MPC sobre a atribuição das Copas do Mundo de 2018 e 2022", revelou o porta-voz do procurador, André Marty.
Não foram fornecidos detalhes sobre os valores já bloqueados pela justiça. A lei suíça obriga os bancos do país a denunciar ao MROS contas suspeitas de ser utilizadas para lavar dinheiro. Os casos são avaliados pelo MROS e sem seguida encaminhados ao ministério público (MPC, do procurador-geral Lauber).
A investigação foi aberta no dia 27 de maio, com suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro na escolha polêmica da Rússia e do Catar para sediar as próximas Copas. O processo levou as autoridades a apreender dados eletrônicos na sede da Fifa, em Zurique.
No mesmo dia, também em Zurique, sete altos dirigentes do futebol mundial foram presos num hotel de luxo, sob acusações de corrupção, em outra investigação, liderada, por sua vez, pela justiça americana. Entre os cartolas presos até agora na Suíça, o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que aguarda o processo de extradição para os Estados Unidos.
O mega-escândalo levou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a renunciar ao cargo quatro dias depois de ser reeleito para um quinto mandato. O suíço, no entanto, permanecerá à frente da entidade até a eleição do seu sucessor, que não deve acontecer até o fim do ano.