Fifa lança portal de transparência para casos disciplinares e de ética

Fifa lança portal de transparência para casos disciplinares e de ética

Objetivo é "fornecer acesso direto a documentos de interesse de todos os envolvidos nas atividades legais e de conformidade"

AE e Correio do Povo

Sayed Baqer fez um gesto racista em direção à torcida da seleção de Hong Kong, ao final da partida disputada em 14 de novembro e que terminou empatada sem gols e foi multado em cerca de R$ 124 mil

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A Federação Internacional de Futebol (FIFA) lançou nesta quinta-feira um portal voltado para questões disciplinares e de ética e prometeu maior transparência na divulgação e no detalhamento destas informações. Evidências e discussões legais em casos de corrupção de dirigentes, manipulação de resultados e denúncias de racismo serão alguns dos pontos esclarecidos no site, de acordo com a entidade máxima do futebol mundial. "Ninguém mais poderá dizer que estas decisões são secretas. As pessoas serão capazes de comparar e contrastar decisões... seja racismo, discriminação ou conduta violenta", disse o secretário-geral interino, Alasdair Bell.

Até agora, a FIFA costumava fornecer apenas os mínimos detalhes nesses casos e, até três anos atrás, muitas decisões disciplinares envolvendo partidas classificatórias para a Copa do Mundo não eram oficialmente anunciadas ao público. A Federação tem longo histórico de recusa a fornecer detalhes sobre casos até que seja finalizado, em recursos decididos pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e pela Suprema Corte da Suíça. "Isso já deveria ter sido feito antes. O que gera suspeitas e teorias da conspiração é que as pessoas não sabem como as decisões são tomadas", completou Bell.

O objetivo do novo portal na internet é justamente divulgar as informações antes que alcancem estes estágios de decisão. Conforme comunicado, a ideia é "fornecer acesso direto a documentos de interesse de todos os envolvidos nas atividades legais e de conformidade da FIFA". As decisões que serão publicadas com mais detalhes iriam desde a proibição de funcionários ao suborno e manipulação de resultados, até o comportamento racista dos torcedores, até partidas e casos mais mundanos de mau comportamento de jogadores e treinadores.

Com isso, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, espera mudar a cultura legal da entidade. Para tanto, ele contratou ex-colegas da Uefa, da época em que dirigiu a entidade europeia, e advogados de escritórios conceituados. Uma das exceções na divulgação destas questões legais serão aqueles chamados de "Plea bargain". Nestes casos, o investigado faz um acordo com as autoridades para reduzir sua eventual pena em troca de informações para os investigadores. Será uma forma de proteger as apurações relacionadas.

 

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