Fifa recua e promete nome "independente" para liderar reformas após crise
Nome foi decidido por Joseph Blatter em reunião com dirigentes
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"Neste encontro, foi decidido que a força-tarefa responsável pelas reformas devem ser lideradas por uma pessoa independente, fora do mundo do futebol", anunciou a Fifa, em nota, antes de destacar: "O trabalho da força-tarefa será supervisionado pelos órgãos independentes da Fifa, como o comitê de auditoria e 'compliance', o comitê disciplinar e o comitê de ética".
A mudança é uma resposta às declarações de Domenico Scala, cotado para liderar as reformas. Ele afirmou que não assumiria a função se não tivesse independência para trabalhar. Com a decisão da Fifa, ele estará próximo das reformas por ser o dirigente responsável pelo comitê de auditoria e "compliance", um dos órgãos da entidade que vai avaliar o trabalho da força-tarefa.
A função da força-tarefa será avaliar e propor novas formas de trabalho que evitem casos de corrupção na Fifa. Trata-se de uma resposta da entidade diante do escândalo que vem abalando sua credibilidade. No fim de maio, seus cartolas foram presos na Suíça, às vésperas da eleição presidencial. O ex-presidente da CBF José Maria Marin está entre os detidos em Zurique.
A força-tarefa, contudo, vem recebendo críticas por suspeitas de que não tenha independência em seus trabalhos. Patrocinadores importantes da Fifa, como a Coca-Cola, demonstraram publicamente preocupação com a conduta da entidade. Outros, como o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, pediram que as reformas sejam lideradas pelo próximo presidente da Fifa, a ser eleito em 26 de fevereiro de 2016.
O novo dirigente vai substituir Joseph Blatter, que anunciou que deixaria o cargo quatro dias após ser eleito para o quinto mandato consecutivo, em junho.