Fifa reduz de oito para seis anos as suspensões de Blatter e Platini
Decisão foi motivada por atividades e serviços prestados à Fifa, de acordo com a entidade
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Os dois cartolas foram punidos por conta de um pagamento suspeito de 1,8 milhões de euros que o ex-craque francês recebeu do suíço em 2011, por um trabalho de consultoria encerrado em 2002, sem que seja comprovada existência de um contrato entre ambas as partes, que alegam ter acertado "um contrato oral".
A comissão rejeitou o recurso dos dirigentes, que considerou culpados de infringir quatro artigos do código de ética, o 13 (regras gerais de conduta), o 15 (lealdade), o 19 (conflito de interesses) e o 20 (aceitar presentes ou outros benefícios). As provas apresentadas, porém, "não permitiram mostrar que (Blatter e Platini) são culpados de corrupção". Por isso, a comissão de apelação rejeitou outro recurso, da câmara de investigação da Fifa, que julga a sanção branda demais, e tinha pedido o banimento para sempre do esporte.
A redução de pena foi motivada "pelas atividades e serviços prestados à Fifa nos últimos anos". A decisão desta quarta-feira, porém, não muda muita coisa para os dois cartolas, e fontes próximas à Platini já anunciaram que o francês vai recorrer diante do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para tentar ser totalmente inocentado.
Blatter, que completará 80 anos em março, já tinha desistido de comandar o futebol mundial, ao colocar o mandato à disposição apenas quatro dias antes da última reeleição, em maio do ano passado, por conta da pressão enfrentada pelo mega-escândalo de corrupção que abala a entidade.
No caso de Platini, redução de pena pode até dar uma margem para o ex-craque de 60 anos voltar à ativa, mas de qualquer forma o francês já tinha desistido da candidatura à sucessão de Blatter, na eleição marcada para esta sexta-feira.