BM espera documentos para abrir sindicância sobre agressões a torcedor na Arena
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BM espera documentos para abrir sindicância sobre agressões a torcedor na Arena

Major revelou que seus soldados estão sofrendo com as críticas recebidas nas redes sociais

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Torcedor alega ter sido alvo de ´tortura´ pela Brigada Militar

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O major do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, Cláudio Feoli, revelou nesta quarta-feira que a corporação irá abrir uma sindicância para apurar como foi conduzida e se ocorreram atos que caracterizem a tortura como alega o torcedor do Grêmio Vinícius Mendes Lima, de 31 anos. Segundo Lima, as agressões iniciaram na porta de um dos banheiros, mas a maior parte teria ocorrido em uma área de acesso restrito aos torcedores, onde não havia possibilidade do caso ser testemunhado.

“Segundo os meus policiais, ele não foi submetido ao agente químico como ele menciona e sequer falam em tortura. É uma questão de versões. Existe a dele e a dos policiais. Neste momento, não posso pender para nenhum dos lados. Só posso dizer que, após ser submetido a perícia, que ele relata já ter feito, podemos chegar a uma conclusão efetiva”, afirmou o major Feoli.

Além dos documentos que devem ser enviados pela Polícia Civil, a Brigada Militar irá utilizar imagens de câmeras de segurança e o depoimento dos envolvidos para tentar elucidar o caso. Ao ser questionado sobre as lesões, o major lembrou que a BM só foi chamada para intervir após o torcedor resistir a ser retirado do local por agentes de segurança da Arena.

“Existe uma resistência inicial, o que poderia criar este tipo de lesão, mas não me cabe fazer uma avaliação pormenorizada, pois existe o Instituto de Perícia para fazer essa avaliação técnica. Quanto ao agente químico, o gás lacrimogênio que ele alega ter sido jogado contra ele. Esse gás tem um efeito temporário, mas provoca efeitos como irritabilidade nos olhos. Quando ele foi levado a presença do juiz, do promotor e de um defensor. Essas três pessoas não ouviram ou colocaram no auto da audiência nenhuma das alegações que hoje ele traz à tona. Pelo relato dos policiais e do juiz, ele sequer estava com os olhos vermelhos”, confirmou.

Feoli revelou também que os soldados envolvidos no caso estão sofrendo com muitas críticas nas redes sociais. “Cheguei a ouvir que ele (o torcedor) está traumatizado. Que está com problemas para dormir. Eu tenho policiais que todos os dias apresentam os mesmos problemas não só pela atividade do dia a dia. (…) Desde que essa ocorrência tomou as redes, meus policiais têm sido alvo de críticas e uma série de reprimenda do público e dos amigos, o que leva eles a terem o desgaste. Neste momento, não tenho como chegar e dizer que torturaram. É muito forte. Fazer qualquer inferência com ditadura militar, como foi feito até agora, acho leviano. Não posso falar em tortura e nem que ele forjou o que está relatando. Existe uma divergência de versões. Não tenho como saber hoje. Vou pedir perícias para que possamos chegar a conclusão que se aproxima da verdade”, concluiu.

Em uma rede social, uma das testemunhas publicou um vídeo com toda a ação da segurança privada na retirada das faixas. As imagens não mostram a agressão relatada por Lima, mas tudo o que aconteceu antes da BM entrar em ação.


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