Com multa milionária, destaque da base do Grêmio se inspira em Iniesta e mira Seleção Brasileira
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Com multa milionária, destaque da base do Grêmio se inspira em Iniesta e mira Seleção Brasileira

Adeilson Santana Soares Junior, de 16 anos, assinou primeiro contrato profissional em agosto e garante empenho para alcançar o sucesso no futebol

Correio do Povo

Jovem assinou vínculo de três anos com o Tricolor

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O sonho do volante Adeilson Santana Soares Junior, de 16 anos, é comum para diversos meninos no futebol brasileiro: dar uma vida melhor para a família. O que difere o jovem atleta, que está nas categorias de base do Grêmio desde 2015 e assinou seu primeiro contrato profissional neste mês, são as expectativas que o cercam. Em seu primeiro vínculo, o garoto conta com uma multa rescisória de 30 milhões de euros e vem recebendo elogios por seu desempenho categoria a categoria. Apesar da "pressão", Adeilson garante não se intimidar ou se sentir pressionado: "O foco está sempre na próxima semana e em trabalhar cada vez mais forte", explica em entrevista ao Correio do Povo.

Vem sendo assim, aliás, desde que ele veio para Porto Alegre. Quando deixou seu pai Adeilson e sua mãe Luciana em Juiz de Fora, Minas Gerais. Treinando no Sport Club Juiz de Fora desde os nove anos, o jogador, ainda atacante na época, foi se destacando na escolinha e chamou atenção dos olheiros gremistas. Assim, recebeu o convite para participar de treinamentos na Capital, quando foi aprovado, e veio morar no Rio Grande do Sul.

A mudança de cidade contou com o apoio dos pais, apesar da saudade e da pouca idade de Adeilson. "Nunca deixaram de me apoiar. Tem vezes que os pais fazem isso, os meus não. Sempre falaram: vai em frente, segue seus sonhos e se Deus quiser vai dar tudo certo", relembra. "Agora eles estão morando aqui. Antes, ficaram longe nos meus primeiros anos. Foi pesado para administrar a saudade, mas sabia do risco que ia correr. Ligava todo dia para minha mãe. Mãe é mãe, né? Não dá para deixar de ligar (risos)", acrescenta.

O pai, que também tentou ser jogador, é o principal incentivador da carreira do filho. "Jogo bola desde os três anos e ele sempre olhou diferente para o meu futebol. Ele jogava na mesma posição que eu, acabou não indo adiante, mas está sempre me dando várias dicas".

Os exemplos e o suporte fora do campo são levados como foco e determinação para dentro dos gramados. Logo na primeira atividade em Porto Alegre, Adeilson conviveu com uma nova mudança: a de posição. "Lembro até hoje que no meio do primeiro coletivo teste o treinador me disse: 'Ó, tu, vai de volante' e eu que sempre joguei de atacante me sai bem nessa função e nunca mais mudei de lugar", revela.

Liderança e inspirações 

Vendo o campo "de frente", o jovem admite que se adaptou mais fácil e se agradou das novas responsabilidades dentro do time. "Acho que foi bom para mim. Estou me destacando mais do que estava no ataque. Me vejo com muita visão de jogo, uma herança da época de atacante. Gosto de pegar a bola, olhar o campo e fazer tabelas. No meio, é você que tem que fazer o jogo andar. Gosto de vir buscar, saída de jogo, distribuindo". Outra característica destacada por Adeilson é a liderança, fundamental em sua avaliação para o bom capitão: "Temos que dar o exemplo dentro e fora de campo". A responsabilidade de ser o capitão já recaiu em seus braços ao longo das divisões de base.

Na sua posição, os "espelhos" estão no próprio Grêmio e também no futebol mundial, em seu ídolo, Andréas Iniesta. "Tenho duas inspirações. No Grêmio, o Wallace, me identifico bastante com ele. No futebol mundial, gosto demais do Iniesta (...) O Iniesta no Tiki-taka do Guardiola é meu principal ídolo, gostava demais dele nesse time". No reformado CT Eldorado do Sul, o quarto onde mora tem Matheus Henrique na porta, recém-vendido para o exterior e de sucesso no profissional. "Motiva bastante ver que o time dá oportunidades para os jovens, qualquer chance que surgir, podemos subir e estar nas categorias de cima".

Mirando o sucesso no Tricolor primeiramente, mas sonhando com a Europa e Seleção, o jovem de 16 anos entende que esse trabalho precisa ser feito no dia a dia, com dedicação e suor, mesmo com as frustrações naturais do futebol. "A cada semana eu planejo uma meta e a cada mês um objetivo. Por exemplo, fazer um gol, pegar a lista pro jogo, ficam de metas na semana. Se nessa semana não conseguir o objetivo, na outra vou mais forte ainda para conseguir", pontua. "Venho tendo mais sucesso nas metas", brinca.

Com o futebol sendo seu foco desde que nasceu, Adeilson sustenta: "Nunca me desmotivei, mesmo tendo treinos ruins em algum momento, nunca pensei em desistir. Transformava isso em motivação para os treinamentos seguintes e ia com mais força. Quando não vou tão bem em jogos ou treinos penso em ir melhor do que fiz nos outros dias", completa. Além de absorver os elogios, Adeilson vê importância nas críticas construtivas: "Isso é o que mais me motivou. As críticas construtivas. Recebo como motivação, não fico brabo com ninguém, sei que é para meu melhor". 

Apesar do primeiro contrato profissional e todas as expectativas que o cercam, o jovem, que deixou a entrevista direto para os livros da escola para "encerrar trabalhos colegiais" salienta a importância do suporte nos estudos e na conciliação com os treinamentos. "Temos todo suporte do Grêmio para conciliarmos tudo e nunca abandonar os estudos", finaliza.

Com 16 anos, Adeilson atua pelo sub-17 gremista e firmou um vínculo três anos com o Tricolor no último dia 19 de agosto. Nesta quarta-feira, esteve em campo o "tempo todo" contra o Caxias em um jogo treino, vencido por 4 a 0. 


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