No domingo, contra o Vasco, em São Januário, no Rio de Janeiro, o Grêmio vai estrear no Brasileirão 2024 com o mesmo problema que apresentou na edição do ano passado: a defesa. Na atual temporada, o Tricolor disputou 19 partidas até o momento e sofreu 20 gols, tendo média de 1,05 por jogo. Nos últimos três compromissos, entre Gauchão e Libertadores, foi vazado em cinco oportunidades.
Comparado a outros grandes clubes do futebol brasileiro, a média de gols sofridos pelos gaúchos é maior. Atual campeão da América, o Fluminense, por exemplo, levou 16 gols em 17 partidas. O Flamengo vazou só duas vezes em 17 compromissos. Para não precisar sair de Porto Alegre, o Inter tomou oito gols em 18 jogos disputados.
Em 2023, a defesa gremista também teve dificuldades. Ao longo da temporada passada, o Tricolor sofreu 73 gols em 64 partidas, tendo média de 1,14 por jogo. No Campeonato Brasileiro, os gaúchos sofreram 56 gols em 38 rodadas, sendo a quarta pior defesa da competição. Apesar do vice-campeonato, os comandados de Renato Portaluppi foram a pior defesa entre os times que permaneceram na Série A.
Neste ano, dos 20 gols sofridos, oito foram de bola aérea. Esse dado pode ser explicado, também, pelas oito duplas de zaga utilizadas por Renato, gerando falta de entrosamento. Considerados titulares, Geromel e Kannemann foram os que mais atuaram juntos: oito partidas. Depois, vieram Rodrigo Ely e Kannemann (três partidas), Geromel e Ely (duas partidas), Ely e Bruno Uvini (duas partidas), Natã e Uvini (uma partida), Gustavo Martins e Natã (uma partida), Gustavo Martins e Uvini (uma partida), Ely e Gustavo Martins (uma partida).
Entre os zagueiros utilizados até aqui, Bruno Uvini não está mais no clube. O defensor foi negociado em definitivo com o Vitória, sendo anunciado oficialmente na quinta-feira. A busca por zagueiros é a prioridade da diretoria. Até o dia 19 de abril, tem a “janela doméstica”. Depois, só na metade do ano para trazer reforços. Com contrato até junho, Geromel tem futuro indefinido.
Lucas Mello