Denúncia de Renato Portaluppi é citada por presidente da CPI da manipulação de jogos
Senador Jorge Kajuru definiu como “gravíssima declaração” fala de Renato após derrota do Grêmio para o Bahia
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A denúncia contra a arbitragem apresentada pelo técnico Renato Portaluppi foi citada na abertura da sessão desta segunda-feira da CPI da manipulação dos jogos e das apostas esportivas. Presidente da CPI, o senador Jorge Kajuru falou do caso logo na abertura dos trabalhos.
“Algo muito importante que quero colocar para observação dos senhores e do Brasil, que foi uma gravíssima declaração dada após o jogo Bahia 1 Grêmio 0, pelo técnico do Grêmio, Renato Gaúcho.”
Na coletiva de imprensa após o jogo, o treinador afirmou que a expulsão de Diego Costa teria sido ordenada pelo diretor de arbitragem da federação baiana, Jailson Macedo de Freitas.
"Eu tirei o time de campo para que ninguém mais fosse expulso. O ‘seu’ Jailson de Fretas estava num local em que não poderia estar. O Jailson mandou expulsar o meu jogador e eu vou deixar que expulsem a mim o outros atletas? É uma esculhambação ou não é uma esculhambação?”, questionou Renato em tom de indignação. O árbitro Bráulio da Silva Machado expulsou Diego, quando o jogador era substituído. Ele teria xingado o quarto árbitro da partida.
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Na sequência, ainda antes das falas dos convidados, Kajuru mostrou o vídeo do momento da partida em que Portaluppi e a comissão técnica se retiram do banco de reservas. O senador questionou se estaria de acordo com a ética a presença de Jailson de Freitas no campo de jogo.
A sessão desta segunda-feira da CPI foi marcada para ouvir dos depoimentos de três pessoas ligadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF): Júlio Avellar, diretor de competições e Eduardo Gussem, oficial de integridade. Eles falam à CPI na condição de convidados.
Estava prevista ainda a presença de Hélio Santos Menezes Junior, diretor de governança e conformidade, que acabou cancelando a participação.
Gol do Botafogo questionado
Além de citar o caso de Renato, Kajuru citou ainda uma informação que disse ter recebido dez minutos antes do início da sessão “que nos surpreende e nos faz interpretar aqui”, afirmou Jorge Kajuru, e segue: “de que a mesma empresa contratada pelo senhor sócio do Botafogo do Rio, John Textor, que acaba de trazer a público que o segundo gol do Botafogo contra o Flamengo teria sido ilegal.”
No último domingo, o Botafogo venceu o Flamengo por 2 a 0 pelo Campeonato Brasileiro. O segundo gol foi marcado por Savarino aos 47 minutos da segunda etapa. Jogadores do Flamengo pediram falta sobre Fabrício Bruno na origem da jogada. Após conversa com a equipe do VAR, o árbitro Raphael Claus entendeu que o jogador rubro-negro tentou cavar a falta.