O vice-presidente de Futebol, Denis Abrahão, justificou as razões que o levaram a escolher o técnico Roger Machado para substituir o antigo treinador Vagner Mancini, que foi demitido na tarde desta segunda-feira. Na avaliação do dirigente, o novo comandante tem total capacidade para dar uma resposta já no curto prazo.
"Roger é um conhecido nosso desde 1994. Ele trabalhou comigo e com o Sergio Vasquez. Foi meu jogador em 2000, quando eu era diretor-executivo, acompanhei a trajetória dele. Passou por aqui, deixou uma bela equipe. Trabalhou em grandes clubes brasileiros. Conhece a aldeia e o clube que vai trabalhar. A cultura do clube. A organização, a direção, os jogadores e o momento que o clube vive. Tudo isso ele conhece. É a pessoa mais indicada para o cargo", afirmou em entrevista coletiva no final da tarde.
Abrahão reitera que o grupo de jogadores sentiu sim a saída de Mancini, que era querido por todos, mas pontuou que os atletas ficarão "faceiros" com o trabalho do Roger. A nova comissão técnica já trabalhou na terça-feira no CT Presidente Luiz Carvalho.
"Nosso grupo é um grupo misto. Feito de jovens e jogadores experientes. Ele acatou como todos nós com tristeza a saída do Mancini. Tivemos que fazer a troca por uma série de questões já explanadas e explicadas por mim. Os jogadores sabem que o futebol é assim. Grupo sentiu, mas ficará faceiro com a chegada do Roger", avaliou. "A despedida foi triste, foi sentida, mas depois até o Mancini já brincou e o clima ficou mais leve", acrescentou.
O dirigente, que elogiou a pré-temporada do clube ao longo de todo o começo de ano, admitiu que, talvez, fosse melhor ter o novo treinador nesse período. Entretanto, no seu entendimento, isso não afetará o desempenho no restante do ano.
"Na minha opinião, a preparação física foi muito prejudicada no ano passado. Estamos com um preparo físico muito bom. Poderíamos fazer isso com o novo treinador. Não nos arrependemos. Mancini é um excelente profissional, grande caráter, grande pessoa. Esperamos que o Roger consiga nesse curto espaço de tempo, implementar sua metodologia".
Apesar da mudança no comando, o dirigente reiterou que o grupo seguirá o mesmo e que contratações não devem acontecer. "O grupo é este que está aqui. Só se surgir oportunidades no mercado. Não prometemos nada (...) Roger sabe que precisamos fazer mais com menos. Ele está preparado para esse desafio, está motivado, com vontade de voltar para sua casa".
Correio do Povo