Especial Olímpico: Anos de ouro do Monumental
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Especial Olímpico: Anos de ouro do Monumental

Tarciso lembra detalhes do jogo de maior público do estádio do Grêmio

Laion Espíndula / Correio do Povo

Jogadores comemoram a conquista da América em 83

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A cinco dias do último jogo oficial do Olímpico, o Correio do Povo traz a segunda de uma série de matérias especiais sobre o estádio gremista. Nesta terça-feira, Tarciso lembra a festa de quase 100 mil torcedores na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1981; César recorda o gol de cabeça do título inédito da Libertadores; e Mazaropi conta detalhes da conquista da primeira edição da Copa do Brasil. Na quarta, a goleada de 5 a 0 sobre o Palmeiras será resgatada, assim como o bicampeonato brasileiro e a virada histórica diante do Santos pela Copa do Brasil de 2010.

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Quase 100 mil empurram o Grêmio no Brasileirão de 81

Válida pela semifinal do Brasileirão, a partida com maior público do estádio Olímpico aconteceu no dia 26 de abril de 1981. Restando três jogos para o Grêmio alcançar o título inédito do certame nacional, a torcida estava empolgada com a campanha do time e com a chance de responder à conquista do rival Inter alguns anos antes. “O Grêmio fez uma festa muito bonita”, lembra o ex-atacante Tarciso, conhecido como “Flecha Negra” por sua velocidade no setor ofensivo.

O Tricolor vivia um novo momento no cenário nacional, graças ao Olímpico. Após a finalização do anel superior, o estádio ganhou o termo “Monumental” ao nome e, a partir dali, começou a reunir multidões para assistir aos confrontos do clube. Com a vitória de 3 a 1 sobre a Ponte Preta fora de casa, o Grêmio estava com um pé na decisão do Campeonato Brasileiro. Para o duelo de volta, o Casarão da Azenha recebeu 98.421 torcedores.


O Monumental recebe maior público da história diante da Ponte Preta / Foto: Jurandir Silveira / CP Memória

O time de Tarciso – De León, Baltazar, China, Casemiro, Paulo Isidoro e companhia – poderia até perder por 1 a 0. Foi justamente o placar do embate com os paulistas. Apesar da derrota, a torcida comemorou fervorosamente a classificação para a decisão do campeonato. “Eu nunca tinha visto o Olímpico com torcedores tão empolgados. Foi uma loucura. Era um momento de busca por algo inédito, mas havia uma grande organização da torcida”, comenta Tarciso.

Para o ex-atacante, o tropeço em casa diante de quase 100 mil torcedores mudou a postura do time para a final contra o São Paulo: "A gente sabia que seria um jogo difícil. Só que o problema foi que a Ponte apareceu aqui com outro esquema de jogo. Nos enganaram e a gente demorou para entender como eles estavam jogando. Acabou que a Ponte nos empurrou para trás e conseguiu o gol. Acho que nos fechamos muito por causa da vantagem. Mas o erro ensina".

E ensinou. Na decisão de 81, o Tricolor gaúcho não deu chances para os são-paulinos. O primeiro jogo no Olímpico terminou 2 a 1. No duelo de volta, outra vitória dos gremistas, agora por 1 a 0. "A derrota na semifinal foi muito important, porque nos deu uma visão bem ampla do que precisaríamos para ser campeões. Não basta só querer, tem que jogar e ter vontade", conclui Flecha Negra.

Portas da América são abertas no Olímpico após duelo com Peñarol

Peça importante na conquista da primeira Libertadores do Grêmio, César sente saudades da época em que estava no clube e fala com carinho do Olímpico. “Este estádio sempre será a casa do Grêmio. O grande diferencial da nossa torcida era aquela mentalidade positiva para os jogos. Ela viajava com o grupo e cumpria aquilo que diz o hino: com o Grêmio, onde o Grêmio estiver”, constata o autor do gol que deu o primeiro título da competição continental ao clube, que venceu o Peñarol por 2 a 1 no jogo de volta da decisão.


Grêmio conquista a Libertadores de 1983 diante do Peñarol no Olímpico / Foto: Carlos Rodrigues / CP Memória

No dia 28 de julho de 1983, dois anos após o primeiro Brasileirão, o Olímpico ingressava para o rol de estádios que se tornaram sede de conquista internacional. O placar apontava empate de 1 a 1, quando Renato, espremido no lado direito do campo, mandou um balão para a área aos 31 do segundo tempo. Como um foguete, César passou pelo zagueiro e testou a bola para a meta.

“Esse duelo no Olímpico foi o mais marcante porque representou o primeiro título sul-americano do Rio Grande do Sul. Abrimos as portas da América para o Estado através do nosso estádio. Lembro do presidente Fábio Koff dizendo que a primeira Libertadores é a que fica”, recorda César.

Além da força do time dentro de seu território, o ex-jogador destaca a qualidade do grupo: "O Grêmio tinha um elenco bem formado e com concentração. As peças se encaixavam com facilidade. Sinto falta disso, dos meus amigos e colegas, além das responsabilidades dos jogos decisivos”. Cinco meses depois, o Tricolor conquistou o Mundial Interclubes com a vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo.

Embora saudoso, César enxerga pontos positivos na mudança para a Arena. "Os sócios mais antigos irão sentir falta do Olímpico, mas o mundo mudou e a modernidade está aí. Que ela venha através da Arena. Será a vez de outros torcedores ajudarem o Grêmio na nova casa", projeta.

Com informações do repórter Luiz Felipe Mello


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