Negadas irregularidades em ações consulares do Grêmio
Investigação, iniciada em 2021, volta à tona agora, embora clube garanta que o assunto está encerrado
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Um assunto da gestão passada voltou à tona no Grêmio. Conforme informado na coluna de Hiltor Mombach em 2021, à época, o clube começara a apurar irregularidades, desvios e a utilização de caixa 2 no departamento consular. O fato voltou à pauta a partir de matéria publicada no UOL nesta sexta-feira.
De acordo com a reportagem de Diego Garcia, o Grêmio estaria investigado um desvio de R$ 300 mil “feitos em eventos organizados por consulados do clube que podem ter gerado desvio de verbas pagas por torcedores gremistas em benefício de diretores”, conforme a publicação. O jornalista ainda diz ter os documentos da investigação com mais de mil páginas.
O clube, no entanto, nega o conteúdo da reportagem, mas não totalmente. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, Alexandre Bugin, o órgão recebeu, no final de 2021, informações sobre os desvios no departamento consular, que tinha então o ex-conselheiro Flávio Becco como responsável. No ano seguinte, em 2022, a comissão de ética iniciou uma sindicância para apurar os fatos. A investigação fez uma pausa durante o período eleitoral do clube, mas foi concluída agora, já com Bugin na presidência do Conselho − ele assumiu em novembro.
Porém, não houve a contabilização dos desvios. Segundo Bugin, o valor não teria chegado aos R$ 300 mil. Ao todo, foram 15 audiências dentro da comissão de ética. Mas, a investigação ocorreu apenas dentro da alçada do clube, não indo parar na justiça comum.
O processo foi sigiloso dentro do Grêmio e ainda não teve seus dados revelados. Desta forma, Bugin não quis externar a penalização a Flávio Becco, que foi responsabilizado pelos desvios. Contudo, ressaltou que desde o início do processo, Becco havia sido afastado de suas funções no Consulado e do Conselho. E após, ficando inadimplente enquanto sócio, também não faz mais parte do quadro social.