O que o Grêmio precisa melhorar para a disputa do Brasileirão?
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O que o Grêmio precisa melhorar para a disputa do Brasileirão?

Jornalistas do Correio do Povo e da Rádio Guaíba comentam onde o clube precisará se contratar para disputar Brasileirão e outras competições

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Elenco ainda será reforçado para o restante da temporada

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Depois da conquista do heptacampeonato no Gauchão, o Grêmio passou a olhar para as demais competições que ainda tem pela frente em 2024. Na Libertadores, principal objetivo do clube no ano, a arrancada não foi boa, com as duas derrotas para The Strongest e Huachipato. Com o Brasileirão começando neste final de semana, o técnico Renato Portaluppi terá pouco tempo para encontrar soluções para a equipe.

O jornalistas Lucas Mello, setorista de Grêmio e o colunista de Esportes Hiltor Mombach, do Correio do Povo, e o comentarista da Rádio Guaíba, Rafael Pfeiffer, opinam sobre alguns temas relevantes ao Tricolor. Não há dúvidas de que o Grêmio precisará se reforçar se quiser competir de igual para igual com os times favoritos e disputar títulos. O próprio clube sabe e já admitiu que fará isso. E, se quiser trazer reforços antes do fechamento da janela de abril, o Tricolor precisará correr, já que o prazo para transferências envolvendo jogadores que disputaram campeonatos estaduais por outros clubes vai até o dia 19 de abril.

Precisa contratar goleiro?

Contratado para ser titular em 2024, a verdade é que o argentino Marchesin não conseguiu se firmar na meta Tricolor. Na final do Gauchão, Caíque foi escalado como titular. O argentino, que nem concentrou na final do estadual, voltou ao time principal contra o Huachipato e novamente foi contestado em um dos gols sofridos. “Marchesin ainda não deu a resposta, está nitidamente fora de ritmo”, considera Pfeiffer. Para ele, os outros goleiros, Caíque e Grando também não deram conta do recado, e por isso o Grêmio vai precisar buscar mais um arqueiro para sua meta. “Os que estão no clube são bons, mas não passam segurança”, avalia Mombach. “É um problema que vem desde o final de 2018, quando Marcelo Grohe foi vendido”, recorda Mello. Inclusive, um retorno do consagrado goleiro não é descartado.

Caíque atuou na final contra o Juventude, mas perdeu posição | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP

Zagueiros à vista

Outro problema a ser resolvido é a zaga. Com a quarta pior defesa do Brasileirão do ano passado, o Tricolor não reforçou o setor neste ano. Venceu o Gauchão, mas tomou gols em quase todas partidas, inclusive nas semi, para o Caxias, e na final para o Juventude.

Nesta semana, o clube perdeu mais um zagueiro, Bruno Uvini, que foi transferido para o Vitória. Ainda antes do fechamento da janela, o Tricolor tentou Pedro Henrique, do Atlhetico Paranaense, mas a negociação não avançou.

Para Mombach, é o setor que mais precisa de reforço. “Precisa com urgência de mais um zagueiro”, ressalta. “É preciso contratar pelo menos zagueiros a nível de titularidade”, avalia Mello. Pfeiffer acredita que Kannemann e Geromel não terão sequência ao longo da temporada e por isso é imprescindível a vinda de pelo menos mais um reforço. “As outras opções no grupo são insuficientes”.

Nos últimos dias cresceram os rumores de que Rodrigo Caio tenha entrado no radar da direção gremista. Porém, o histórico de lesões do atleta põe em dúvida a ideia de que seria o reforço ideal. “É jogador que, atualmente, pouco vai acrescentar ao Grêmio. Ele tem passado mais tempo no departamento médico do que disponível para jogar. Teve um grande momento na carreira, mas isso faz cinco anos”, analisa Lucas Mello.

Rodrigo Caio foi campeão da Libertadores pelo Flamengo em 2019. Naquele ano jogou 60 partidas. Porém, no ano passado atuou apenas em 13 jogos.

Geromel tem sido preservado de alguns jogos do Grêmio | Foto: Lucas Uebel/Gremio FBPA

Um primeiro volante

Outra questão que volta e meia paira sobre os arredores da Arena é a possível vinda de um volante com mais características de marcação do que Villasanti, que gosta de sair da posição e atacar. Nesse ponto, as análises divergem. Para Hiltor e Mello, a direção precisa ir atrás do famoso “cabeça de área”.

“Precisa de mais um jogador para a primeira função do meio de campo”, reforça Hiltor. “Villasanti não é propriamente um primeiro volante. Ter um atleta com essas características seria importante para proteger melhor o sistema defensivo e diminuir os problemas no setor”, pondera Mello.

Já o comentarista da Rádio Guaíba acredita que trazer mais um volante seria desnecessário. “Com o esquema que Renato usa, não adianta trazer outro volante. Villasanti é o melhor para abrir o meio-campo. Dodi, ou até mesmo Ronald, são bons nomes para atuar ao lado dele.”

Utilização do elenco

Após a final do Gauchão, Renato poupou alguns titulares que atuaram contra o Juventude e, justificou o cansaço de alguns atletas. Kannemann e Pavón foram substituídos por Rodrigo Ely e Galdino, o que acabou gerando críticas.

Agora, atrás na Libertadores, como Renato vai utilizar o elenco jogando Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil, simultaneamente?

“Renato vai fazer como sempre fez, administrar. Conforme o Grêmio for passando de fase na Libertadores, poderá poupar no Brasileiro”, acredita o colunista do Correio do Povo, Hiltor Mombach. Mello também crê que o treinador vai priorizar a Libertadores e poupar o time em jogos do Brasileiro que ocorrerem às vésperas do torneio continental.

“Agora é preciso ter uma grande recuperação para evitar o fiasco de ser eliminado ainda na fase de grupos. Então, é bem possível que o Brasileirão seja colocado um pouco de lado por causa da Libertadores”, explica.

“Tenho certeza que o Grêmio vai com força máxima contra Vasco e Athletico Paranaense, preservando contra o Cuiabá, para tentar recuperar em La Plata (contra o Estudiantes pela 3ª rodada da fase de Grupos no dia 27 de abril”, projeta Pfeiffer.

Renato foi alvo de críticas por suas escolhas diante do Huachipato | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP

É possível encarar adversários mais fortes?

Com as derrotas na Libertadores, mesmo que com o time reserva ou mesclado, o que se pergunta agora é se o Grêmio será capaz de ser competitivo nas competições que terá pela frente, principalmente quando enfrentará adversário mais fortes.

Mello acredita que isso só será possível com novos jogadores no elenco. “O Grêmio ainda tem uma pequena amostra contra equipes da Série A. No Gauchão, enfrentou o Inter e o Juventude, e encontrou dificuldades. Por isso, é importante contratar, trazer reforços a nível de titularidade, para que possa bater de frente com os principais times do país.”

Já Hiltor acredita que é possível surpreender como no ano passado e que se trouxer reforços poderá sonhar com algo a mais. “O Grêmio tem time para surpreender, quem sabe, como no ano passado. Não para competir por título com Palmeiras e Flamengo. Pelo menos não sem contratações.”

O comentarista da Rádio Guaíba, vai no mesmo pensamento, mas ressalta que o elenco terá que estar focado nas competições. “O time tem qualidade. Mas precisa ter mais do que a bola no pé, tem que ser competitivo e isso falta com frequência no time do Grêmio.”

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