Polícia Civil indicia cinco torcedores do Grêmio por ameaças contra dirigentes
Torcedores responderão pelos crimes de crime de injúria, calúnia e difamação
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Cinco torcedores do Grêmio foram indiciados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul por ofensas nas redes sociais contra o presidente do clube, Romildo Bolzan Jr, o CEO, Carlos Amodeu, o ex-vice-presidentede Futebol, Marcos Hermann, e um dos vice-presidentes e membro do Conselho de Administração, Paulo Luz. Eles responderão pelos crimes de crime de injúria, calúnia e difamação, após uma queixa-crime apresentada pelo advogado Marcelo Bertoluci, que representa os dirigentes.
"O Grêmio entende que a maioria das críticas são bem vindas. Ocorre que o clube não pode concordar com atos criminosos contra os seus dirigentes, atletas e colaboradores", explicou Bertoluci. "No caso dos indiciamentos, foram encaminhados aos dirigentes mensagens ameaçadoras, mensagens que violam a integridade moral dessas pessoas e também a integridade física", completou.
Conforme o delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), André Anicet, a polícia conseguiu a quebra do sigilo telemático, mecanismo utilizado para o rastreamento de dados dos usuários nas redes sociais. Assim, os torcedores foram intimados – um fez retratação e os outros devem assinar um termo circunstanciado.
Como trata-se de um crime de menor potencial, os responsáveis responderão na Justiça, mas sem pena de prisão. É o que aponta Anicet: "Possivelmente eles vão fazer uma transição penal na Justiça ou se retratar. Caso ocorra o processo e eles forem condenados, aí sim podem sofrer algum tipo de sanção, mas nunca pena de prisão".
No entanto, conforme aponta o advogado do clube, o Grêmio está analisando algum tipo de sanção aos torcedores indiciados. "Além das medidas criminais, cíveis e indenizatórias, o Grêmio também estuda a possibilidade de um eventual procedimento interno no plano ético disciplinar da conduta dessas pessoas", confirmou Bertoluci.