Relembre as outras quatro finais do Grêmio em Libertadores
Tricolor, bicampeão do torneio, busca o tri diante do Lanús a partir desta quarta-feira
publicidade
• Os caminhos do Grêmio até a final da Libertadores
Nas quatro vezes anteriores, venceu duas. Portanto, o tira-teima será este ano emblemático pela forma da competição: praticamente o ano todo. Emblemática pela maneira com que o Grêmio chega à final: dirigido pelo maior ídolo do clube, Renato Portaluppi, que venceu a Libertadores de 1983 e perdeu a do ano seguinte, ambas como jogador do Grêmio. Renato perderia ainda a Libertadores de 2008, mas aí já como treinador. Dirigia o Fluminense na trágica final contra LDU. Portanto, para ele, esta final não deixa também de ser uma maneira de equilibrar a conta.
• Contra Lanús, Grêmio pode desequilibrar confrontos contra argentinos
Em 1983, o Grêmio, venceu a Libertadores com autoridade. Depois do vice-campeonato brasileiro, quando perdeu o título para o Flamengo de Zico e companhia, a equipe ganhou o direito de disputar a Libertadores. Dirigida por Valdir Espinoza, a equipe tricolor realizou uma primeira fase impecável: 5 vitórias e 1 empate. Na fase semifinal, um triangular na época, o Tricolor fez jogos históricos: empate em 3 a 3 contra o Estudiantes, na partida conhecida como a "Batalha de La Plata" e a vitória em cima do América de Cali, no Olímpico, com Mazaropi defendendo pênalti. A equipe mostrava raça e determinação, marcas típicas de um time campeão: Renato, Tita, Osvaldo, Tarciso e Hugo de León eram os destaques. Na final, o tradicional Peñarol, do Uruguai. Time que já havia conquistado a Libertadores quatro vezes. No primeiro jogo, empate em 1 a 1 no Uruguai. Tita fez o gol gremista. Na partida de volta, 28 de julho de 1983, um Olímpico lotado viu Hugo de León erguer a taça e o sangue escorrer da testa, imagem símbolo daquela equipe. Caio e César anotaram os gols do tricolor, com direito a cruzamento de Renato para o gol de César.
No ano seguinte, o Grêmio, como atual campeão foi até a final atrás de um bicampeonato. A estreia na competição foi em grande estilo: goleada em cima do Flamengo (5 a 1). Duas vitórias em cima do Universidad Los Andes (Colômbia), uma derrota para o Flamengo e no jogo tira-teima, empatou com o rubro-negro carioca, mas avançou em razão do melhor saldo. Na final, outra parada complicada: Independiente, time multicampeão de Libertadores. O Tricolor perdeu a primeira partida no Olímpico e fora de casa não saiu de um zero a zero. Não deu para a equipe do atacante Renato Portaluppi.
JARDEL E PAULO NUNES: GRÊMIO BICAMPEÃO DA AMÉRICA
De perna direita, esquerda, de cabeça, de canela. Jardel fez gol de tudo que foi jeito na Libertadores de 1995. O centroavante, vindo do Vasco sem grande expectativa, logo se transformou em ídolo. Ganhou o torcedor com seus gols e seu jeito. A Libertadores deste ano ainda ficou marcada pelo duelo Felipão x Luxemburgo, que dirigia um timaço: Palmeiras, patrocinado pela Parmalat. Na primeira fase, derrota para o Palmeiras em São Paulo: 3 a 2. Roberto Carlos, lateral do time paulista fez um dos gols mandando uma pancada quase do meio-campo. O segundo jogo, no Equador, empate em 2 a 2 com o Emelec. Jardel anotava o seu segundo gol na competição. A primeira vitória veio no dia 17 de março, 2 a 1 em cima do El Nacional, gols de Arce. Contra o Palmeiras, no Olímpico, empate sem gols. Depois, duas vitorias 4 a 1 em cima do Emelec e 2 a 0 em cima do El Nacional. Vaga nas oitavas confirmada. O adversário, o Olimpia, não teve a menor chance. Foi goleado dentro de casa e perdeu de 2 a 0 em Porto Alegre. Jardel já contabilizava 5 gols no torneio.
• Confira a campanha do Grêmio jogo a jogo até a final da Libertadores
Nas quartas-de-final, o duelo contra o Palmeiras. Os jogos ficaram marcados pela violência, tensão e goleadas. No dia 26 de julho, no Olímpico, o Grêmio meteu 5 a 0. Jardel fez três. Houve brigas, expulsões e promessa, por parte dos paulistas, de que eles iriam reverter. No dia 2 de agosto, no então Parque Antártica, casa do Palmeiras, Jardel, com a ponta da chuteira abriu o placar. Depois, pressão, pressão e gols. O Palmeiras marcou cinco, mas foi eliminado pelo gol fora. Festa tricolor em São Paulo. Na semifinal, outro conhecido da fase de grupos: Emelec. Empate no Equador e vitória em Porto Alegre, Paulo Nunes e Jardel. Vaga na final. O bi se aproximava.O confronto foi contra o Atlético Nacional (Colômbia). Três a 1 no primeiro jogo da final no Olímpico, Marulanda (contra), Jardel, Paulo Nunes. O goleiro da equipe colombiana era o excêntrico Higuita, de defesas mirabolantes e falhas terríveis. Na Colômbia, empate em 1 a 1, e Dinho ergue a taça do BI. Jardel terminou a competição com 11 gols. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, a equipe dos atacantes Paulo Nunes e Jardel, dos meio-campistas Dinho e Goiano e do goleiro Danrlei pintava a América de azul, preto e branco 12 anos após a priemira conquista e com o mesmo presidente: Fábio Koff.
RIQUELME ACABA COM O TRI
Em 2007, sob o comando de Mano Menezes, o Tricolor teve uma campanha instável, principalmente fora de casa, desde a primeira fase. Nos mata-mata, perdeu todos os jogos fora. Fez valer o calor do Olímpico quando precisava fazer escore ou reverter uma desvantagem. Foi assim até a grande final contra o poderoso Boca Juniors, equipe que vinha colecionando títulos nos anos 2000. Comandanda pelo craque Riquelme, o Grêmiou sucumbiu nos dois jogos: 3 a 0 na Bombonera e 2 a 0 no Olímpico. Uma final amarga para o torcedor.
