Roger vê pedidos da torcida por Renato como natural: "Torcedor pode se manifestar como quiser"

A atuação ruim do Grêmio na derrota para o Ituano por 1 a 0 provocou protestos dos pouco mais de 13 mil torcedores presentes nas arquibancadas da Arena na noite desta sexta-feira. Após o apito final, a torcida gremista vaiou e gritou o nome do técnico Renato Portaluppi. Para o atual treinador Roger Machado, a insatisfação e os protestos são naturais.

"O torcedor tem o direito de protestar do jeito que ele deseja, se não for de forma violenta. Faz parte do jogo. Escolhi essa profissão e sei o que acontece nesses momentos. Durante o 0 a 0, o torcedor entrou dentro de campo para tentar nos ajudar. Hoje foi o dia que a gente não conseguiu", resumiu em entrevista coletiva. "Não tem nada de errado na manifestação do torcedor. Errado, obviamente, é a forma como a gente encarou esse jogo, ou parte dele, que proporcionou o adversário sair com a vitória", acrescentou ao admitir o desempenho para além da linha do ruim.

Em sua avaliação, o acesso na Série B não será com facilidade, apesar da "gordura" que ainda possuí na zona de acesso. "Não tenho a ilusão de que teremos vida fácil na segunda divisão. Há pouco tempo, quando começaram a fazer projeção de subida, eu pedi pra pisar no freio, porque as dificuldades vão acontecer". Segundo Roger, o Grêmio vive um momento de instabilidade, com três jogos sem vencer. Ele aponta que a vantagem no G4 pode ter motivado um relaxamento nos atletas. "É um adversário a mais para enfrentarmos". 

A sequência ruim - com um ponto em nove disputados - faz a vantagem tricolor no G4 reduzir. São seis pontos para o Londrina, atual quinto colocado, que venceu na rodada o Brusque e soma 38 pontos. Tombense ainda atua na rodada e pode reduzir para cinco se vencer o Guarani. Na terça-feira, o Tricolor enfrenta o Criciúma às 21h30min em Santa Catarina.