Romildo Bolzan defende equilíbrio na divisão de cotas
Presidente do Grêmio destaca disparidade com Flamengo na temporada
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A superioridade do Flamengo sobre as demais equipes do futebol brasileiro chama a atenção. O poderio econômico do clube carioca e as contratações de alto nível fizeram a diferença. A questão que fica para 2020 é se o rubro-negro continuará com a hegemonia. Para o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, uma das explicações para esse fenômeno é o modelo de financiamento dos campeonatos.
“O questionamento que se faz a respeito de o Flamengo poder se tornar um time praticamente imbatível abre muitas situações. Passa pelo financiamento dos campeonatos brasileiros, passa por uma posição mais institucional dos campeonatos que a CBF promove, já que a CBF é quem gera as competições, as condições de fazer imagens, os contratos de televisão e tudo mais”, destaca Bolzan.
O dirigente defende, entre outras coisas, uma divisão mais justa nas cotas de pay-per-view, que hoje representam a maior diferença de Flamengo e Corinthians para os demais clubes. “No momento em que se cria uma distorção como essa nos financiamentos televisivos do futebol, isso gera diferenças”, acrescenta o presidente gremista.
O Flamengo faturou cerca de R$ 120 milhões em cotas de pay-per-view este ano. O Grêmio ficou na casa dos R$ 40 milhões. Em 2016, foi assinado um acordo no qual a detentora dos direitos televisivos distribuiria R$ 650 milhões entre os clubes da Série A, referentes ao PPV.
Porém, em 2019, a forma de distribuição mudou. “Quando se trabalhou as renovações de contrato lá em 2016 com metas, exposição, a gente não sabia como estava sendo negociado o pay per view. E ali, hoje, está a grande distorção do futebol brasileiro”, comenta Romildo Bolzan Júnior.
“Mas eu continuo acreditando na política que o Grêmio desenvolve de formação. Jamais teremos condições de comprar um jogador de 10, 15 milhões de euros, mas nós podemos produzir”, finaliza.
Na noite de sexta-feira, mais um jovem gremista ganhou projeção. Pepê foi incluído na seleção olímpica para a disputa do Pré-Olímpico, em janeiro. Ele substitui Gabriel Martinelli, não liberado pelo Arsenal.
