Série B promete disputa acirrada na busca do Grêmio pelo acesso
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Série B promete disputa acirrada na busca do Grêmio pelo acesso

Campeonato deve ser o mais concorrido de todos os tempos, com recorde de times campeões

Chico Izidro

Tricolor tenta se reerguer em torneio muito disputado

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Em 2022, o Grêmio disputará a Série B pela terceira vez em sua história. E o campeonato será o mais disputado de todos os tempos, pois terá recorde de times campeões presentes, seis, com 14 títulos nacionais somados. O Tricolor Gaúcho, com duas conquistas, terá pela frente os gigantes Vasco e Cruzeiro, cada um dono de quatro Campeonatos Brasileiros e que fracassaram na Segundona de 2021, ocupando a 10ª e a 14ª colocação, respectivamente.

Há ainda o Bahia, que soma dois títulos de Brasileirão, e Sport e Guarani, que possuem uma taça cada. A competição fica ainda mais valorizada quando se leva em conta os campeões da Copa do Brasil, já que Cruzeiro tem seis títulos, Grêmio tem cinco, Criciúma, Sport e Vasco têm um cada, também chegando a 14 taças do torneio. A Série B terá ainda campeões continentais, tendo em vista que a Chapecoense, por exemplo, venceu a Copa Sul-Americana de 2016, além dos seis títulos da Libertadores, sendo três do Grêmio, dois do Cruzeiro e um do Vasco. Como há quatro vagas em disputa para o acesso, há a certeza de que pelo menos dois campeões nacionais continuarão fora do torneio principal por pelo menos mais um ano.

A Série B de 2021 até então era considerada a mais forte de todos os tempos, pois contou com 12 títulos da elite do Brasileirão: Vasco, Cruzeiro, Guarani, Botafogo (dois títulos) e Coritiba (uma conquista). E só o Fogão e o Coxa conseguiram subir. O clube carioca teve campanha sólida, mesmo com um elenco sem grandes jogadores e investimentos tímidos. O CEO do clube alvinegro, Jorge Braga, destacou as dificuldades que passou na competição. “A expectativa da torcida era de voltar à elite do futebol brasileiro e a sensação, principalmente pela contribuição financeira, é de alívio”, disse o dirigente. “Em um campeonato tão equilibrado e disputado como a Série B, temos ciência de que conseguimos um feito muito importante, embora a primeira divisão seja outro departamento e, a partir de agora, a nossa responsabilidade de administração aumentou ainda mais.”

Antes de 2021, o recorde de títulos nacionais era de 2003, primeira temporada da era dos pontos corridos, quando Palmeiras (10), Botafogo (2) e Sport (1) somavam 13 troféus. Antes de 2003, a Segundona teve diferentes fórmulas. Aconteceu até mesmo de uma equipe no mesmo ano sair da Série B para disputar o título da primeira, como o São Caetano, em 2000. Em diferentes anos, a classificação aconteceu por convites distribuídos pela CBF ou pela sua antecessora, a CBD.

A queda para a Série B representa ainda grande perda financeira. A arrecadação apenas com os direitos de televisão caiu de R$ 60 milhões para R$ 8 milhões. Não retornar à elite representou para o Vasco, por exemplo, perda de R$ 100 milhões. Já o Cruzeiro se atolou ainda mais em dívidas, que hoje chegam a quase R$ 1 bilhão, mas agora tem esperanças de um futuro melhor sob a administração de Ronaldo Fenômeno.

Grêmio, Cruzeiro, Vasco, Bahia, Sport e Guarani terão na próxima Série B como concorrentes em busca das quatro vagas na elite de 2023, Brusque, Chapecoense, CRB, Criciúma, CSA, Ituano, Londrina, Náutico, Novorizontino, Operário-PR, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, Tombense e Vila Nova.

1992 foi o primeiro ano em que o Grêmio jogou a Série B

O Grêmio foi o primeiro gigante brasileiro a ser rebaixado à Série B, isso aconteceu em 1991. Após uma campanha ruim na primeira divisão, o Tricolor terminou a competição na penúltima colocação daquele ano, com apenas 12 pontos (naquela época, as vitórias ainda valiam dois pontos). Foram apenas 3 vitórias, 6 empates e 10 derrotas em 19 partidas do torneio. Aquele rebaixamento foi visto como uma surpresa, pois no ano anterior o time terminara o Brasileirão em terceiro lugar e havia sido eleito o melhor time do país pela imprensa nacional.

O time disputou a Segundona em 1992 e tinha a obrigação de ganhar, mas não foi o que ocorreu. O Grêmio na Série B conquistou apenas 17 pontos em 14 jogos e foi salvo graças a um novo regulamento criado pela CBF. Até 1992, o regulamento previa que os oito melhores da competição subiam para a série A. Mas um dia antes do início do campeonato, a CBF decretou que o número de clubes que poderiam subir seria não mais oito e sim 12. O Grêmio terminou a competição em nono lugar e voltou para a elite em 1993.

Batalha dos Aflitos marcou subida mais recente - Foto: Diego Vara / CP Memória

A segunda queda, em 2004, veio junto com uma crise que o clube enfrentava também fora de campo, a financeira. No ano anterior, 2003, o time ficou na degola por várias rodadas e só escapou do rebaixamento na rodada final, ao vencer o Corinthians no Olímpico. Na época, apenas dois times caíam para a Série B. O alívio durou pouco e o rebaixamento foi apenas adiado para 2004, quando a equipe realizou outra temporada ruim, com apenas 28% de aproveitamento, caindo com três rodadas de antecedência. O técnico Cuca saiu antes do fim da temporada e o posto foi assumido por Cláudio Duarte. No elenco estavam jovens promessas, que viriam a se destacar anos depois, como os meio-campistas Felipe Melo e Michel Bastos.

Então, em 2005, com um time reformulado, o Grêmio disputou a Série B, passando dificuldades no começo, mas aos poucos se adaptando. O Tricolor acabou campeão, na famosa Batalha dos Aflitos, quando bateu o Náutico na última rodada do quadrangular final, que contou ainda com Santa Cruz e Portuguesa.
No famoso jogo disputado em Recife, os gaúchos precisavam de, no mínimo, um empate para voltar à Série A do ano seguinte e de uma vitória para ser campeão. A situação era tão problemática que, no caso de não conseguir retornar à elite, o Grêmio poderia ter tido a falência decretada. Nos 90 minutos, o time teve dois pênaltis marcados contra, ambos errados pelo Náutico, quatro jogadores expulsos, mas ainda assim venceu por 1 a 0, com gol de Anderson.


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