Tiago Nunes foi apresentado como técnico do Grêmio no dia 23 de abril. Menos de dois meses depois, ele enfrenta as primeiras críticas mais severas. É preciso salientar que o treinador ficou afastado do dia a dia no CT Luiz Carvalho em razão da Covid-19, assim como alguns jogadores importantes, mas o desempenho da equipe no início de Brasileirão e também nos jogos contra o Brasiliense, na Copa do Brasil, não agradou em nada.
Tiago tem sido bastante didático em suas entrevistas. Ao mesmo tempo em que admite as dificuldades do time, principalmente na derrota para o Athletico Paranaense, na Arena, no último domingo, o técnico aponta quais seriam, na sua visão, os pontos a serem melhorados. “Nós precisamos ter mais profundidade nas laterais, mais combinações de jogadas na entrelinha do adversário, ter jogadores com a capacidade de pegar a bola entre as linhas e verticalizar o jogo para colocar nossos atacantes em condições de finalização”, explica o técnico.
Sem somar pontos nas duas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, o Grêmio tem o seu pior início em duas décadas. A última vez em que não somou nenhum ponto nas duas primeiras partidas foi em 2000, quando a competição ainda não era disputada por pontos corridos. A reabilitação terá de acontecer longe da Arena, já que os dois próximos jogos pelo Brasileirão são fora de casa. Na quinta-feira, o Tricolor vai até Recife encarar o Sport, na Ilha do Retiro.
E no domingo, enfrenta o Cuiabá, na Arena Pantanal. “O Grêmio precisa ter um volume maior de troca de lado de bola, não só na bola curta, de pé em pé, que é uma característica dessa equipe, mas também na bola diagonal longa para que a gente possa quebrar o ritmo do adversário. É um somatório de pequenos fatores que teremos de construir no dia a dia, evoluir nesse sentido.
Buscar um padrão de equipe que tenha qualidade de jogo e também tenha agressividade para ter um bom comportamento defensivo. E voltarmos a vencer, que é o mais importante”, finaliza Tiago.
Rafael Peruzzo