Hamilton garante título mundial no GP do México
Nona posição na corrida concedeu tetracampeonato ao piloto de Fórmula 1
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A largada foi o ponto chave. Verstappen usou o retão do Hermanos Rodriguez para se atirar para cima de Vettel. Bateram roda e o alemão acabou colidindo com Hamilton. Vettel perdeu um pedaço do aerofólio e Hamilton teve que se arrastar com o pneu furado uma volta inteira até os boxes. Com isso, o grid embaralhou, com muitos pilotos inesperados surgindo na zona de pontos. Entre eles, Lance Stroll, mais uma vez lucrando inesperadamente posições a qual seu ritmo na Williams não merece.
A partir daí, Vettel começou a imprimir um ritmo alucinante, mas tendo que fazer os pneus durarem como se fosse uma maratona. O alemão mereceu todo crédito e foi o grande nome da corrida, ultrapassando 10 carros até chegar ao quarto lugar. Talvez uma das suas maiores pilotagens, mas sem o prêmio devido.
O drama da corrida era para quem tinha motor Renault, com Daniel Ricciardo, Nico Hulkenberg, Carlos Sainz e Brendon Hartley ficando pelo caminho. Hulk ainda foi avisado pelo time a parar imediatamente: "Seu carro não é seguro, você deve parar e sair sem encostar no carro e no chão ao mesmo tempo". Em resumo, o alemão estava a bordo de uma cadeira elétrica literal. Mas tudo deu certo, a não ser o seu fim de corrida.
A pergunta era se Verstappen iria até o fim sem problemas. O holandês imprimia ritmo fortíssimo, a ponto de fazer a volta mais rápida a seis do fim, apenas na penúltima sendo superado por Vettel. O alemão era quarto, mas logo atrás de Raikkonen. Se qualquer um dos dois primeiros quebrasse, imediatamente o finlandês daria lugar para manter o campeonato vivo. Mas a Red Bull aguentou até a bandeirada e confirmou o terceiro trunfo de Verstappen, com Bottas em segundo.
Atrás dos quatro primeiros, Esteban Ocon teve um dia de melhor do resto com a Force India, à frente de Lance Stroll. O sétimo foi Sérgio Perez, com Kevin Magnussen num esperado oitavo posto para a Haas, num fim de semana em que tudo parecia dar errado para os americanos. Em seguida, o tetracampeão, com as duas mãos na frente do capacete e o choro indisfarçado de entrar noutro patamar do esporte. Antes disso, teve uma batalha digna de título com o bicampeão e eterno algoz Fernando Alonso.
Hamilton ficou dez voltas atrás do espanhol. Até que conseguiu pegar o vácuo na saída do estádio e se atirar por dentro. Mas Alonso freou mais tarde e contornou por fora, espremendo tudo que podia. Hamilton abriu a asa móvel na pequena reta seguinte e foi de novo, freando para lá do ai meu Deus. Alonso ainda armou um xis, mas o motor Honda não teve potência para acompanhar o Mercedes na saída de curva. Nono lugar e glória para Hamilton, décimo e um pontinho que Alonso não via desde o GP da Hungria com a McLaren. Mas pelo desempenho nas curvas, a promessa de quem em 2018 poderá ser carta forte na disputa da frente.
Agora, GP do Brasil e de Abu Dhabi para cumprir tabela. Sem pressão, talvez a Ferrari finalmente volta a vencer as corridas que deveria e, ao menos, tentar embalar para 2018.