Histórias curiosas dão charme para Segundona gaúcha
Competição é muito mais do que jogos aguerridos, gols e clássicos emocionates
publicidade
Não é difícil encontrar algo "diferente" na súmula dos jogos. "A Segundona melhorou bastante em relação a outros anos. Muitas vezes encontramos estádios melhor estruturados que alguns da primeira divisão", diz o árbitro Márcio Coruja, que protagonizou um dos fatos mais inusitados deste ano no futebol gaúcho. Quando se dirigia para Rio Grande, onde apitou o clássico Rio-Rita do dia 5 de maio, ele teve o motor do carro fundido. "Foi perto da cidade de Cristal, ainda consegui ir até Pelotas, onde recebi ajuda", conta Coruja. O jogo, marcado para às 19h45min, só foi começar às 21h05min. "Além disso, acabou a iluminação no estádio no decorrer da partida, que só foi terminar perto da meia-noite", lembra.
No dia 7 de abril, o 14 de Julho foi goleado por 5 a 1 pelo São Paulo dentro de casa. Revoltada, a torcida começou a protestar. O técnico do 14 de Julho, Marco Octávio, revidou às provocações, discutiu com torcedores e foi demitido. Pior fez o jogador Japa, que mostrou a genitália para quem estava na arquibancada e também jogou a camisa do 14 de Julho no chão. Resultado: demissão no dia seguinte.
No jogo entre Rio Grande e Guarany de Camaquã, dia 24 de abril, as duas equipes entraram em campo com camisas brancas. O time visitantes teve que improvisar um novo uniforme, com coletes amarelos. Como o árbitro José Roberto Raach não iria visualizar os números dos jogadores, os coletes tiveram de ser rasgados nas costas.
"Apitei o último clássico Rio-Rita e nenhuma equipe tinha médico no banco de reservas. Havia ambulância no estádio, mas por sorte nenhum jogador teve lesão séria", conta o árbitro Vinícius Costa.
Outra característica da Segundona é a rivalidade que muitas vezes extrapola nos clássicos. A pancadaria rolou solta, por exemplo, no jogo entre Guarany de Bagé e Grêmio Bagé, dia 14 de abril. Num clássico Rio-Rita, dia 17 de março, sobrou até para o juiz Érico Carvalho.