Acordo entre Inter e AG encerra fase de obras do Beira-Rio
Clube abriu mão de multas e construtora manterá "crédito" relativo à perda de mandos de campo
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Segundo o acordo já celebrado entre as partes, o Inter abre mão das multas pelo atraso nas obras que poderia, em tese, cobrar da AG. Em troca, a construtora manterá um “crédito” relativo à perda de três mandos de campo (cada um, segundo o contrato, custaria R$ 1,65 milhão mais correções e juros). Outro ponto do ajuste final foi a retroatividade do início da parceria. Ao invés de o prazo do contrato começar a valer a partir da data do recebimento da obra, que seria outubro, a AG aceitou antecipar para março. Devido a isso, já decorreram nove meses de parceria, que se estenderá por 20 anos.
O termo de ajuste de contas já tem a minuta elaborada e aprovada pelas partes. Falta, porém, serem finalizados os cálculos financeiros para saber quanto o Inter deve à AG, já que retém os valores das vendas dos ingressos vips, além de outras receitas que seriam da construtora, desde que o Beira-Rio começou a receber jogos.
Era o Inter que fazia a comercialização avulsa dos bilhetes (ou seja, daqueles torcedores que não eram locatários de cadeiras vips). Portanto, desde março, reteve cerca de R$ 1,6 milhão que seriam da Brio. Deste valor, devem ser descontadas — na proporção definida em contrato, que é de 66% (Inter) a 34% (Brio) — as despesas que o clube teve com a abertura do estádio em cada jogo. São gastos com água, luz, segurança, limpeza, etc.
“Estamos finalizando os cálculos, mas creio que se o Inter tiver de pagar algum valor a Brio será muito pequeno, irrisório”, afirma uma fonte ligada à direção. A assinatura do termo encerra a fase de obras do Beira-Rio e será assinado por Giovanni Luigi antes do dia 5 de janeiro, quando passa o cargo a Piffero.