Alan Patrick tem responsabilidade redobrada no Inter versão 2024
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Alan Patrick tem responsabilidade redobrada no Inter versão 2024

Dono da braçadeira de capitão, ele herdou também a camisa 10 de D’Alessandro

João Paulo Fontoura

Dono da braçadeira de capitão, ele herdou também a camisa 10 de D’Alessandro

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O torcedor costuma exigir conquistas para que um jogador fique marcado no clube. O futebol, por outro lado, nem sempre permite que isso aconteça. No Inter, Alan Patrick goza de um prestígio indiscutível. Dono da braçadeira de capitão, ele herdou também a camisa 10 de D’Alessandro, um dos maiores ídolos da história do Beira-Rio e com elas, uma enorme responsabilidade, a de suceder alguém que deixou uma marca enraizada dentro e fora de campo.

Tecnicamente, desde a seu retorno ao clube em junho de 2022, o jogador tem cumprido a missão. Em 2024, a cabeça pensante do time terá, talvez, a maior chance de sua carreira no futebol brasileiro onde lhe sobram conquistas, mas lhe falta o protagonismo cunhado somente na Ucrânia.

Não à toa, o segundo semestre de 2022 coincide com a retomada do norte do Inter, então sob comando de Mano Menezes. Alan Patrick foi um dos fiadores da recuperação colorada em um ano que começou dando tudo errado. Nem mesmo a eliminação na Copa Sul-Americana em casa prejudicou a imagem do time vice campeão brasileiro e dando sinais de amadurecimento para a temporada seguinte.

A perda do Gauchão 2023 foi o primeiro anticlímax do camisa 10. Ao lado de Mercado, ele foi personagem de uma pancadaria na eliminação nos pênaltis para o Caxias. O segundo foi uma nova expulsão na Copa do Brasil, no Independência, contra os reservas do América Mineiro, o que custaria caro na volta em Porto Alegre. A eliminação no torneio e uma claudicante fase de grupos na Libertadores em meio a uma campanha modesta no Brasileiro culminaram na troca de técnico.

Chegou Coudet e com ele Alan Patrick foi jogar no ataque. Na Libertadores, o meia e o time viveram o auge até faltarem seis minutos para a final. Do banco, pois já havia sido substituído contra o Fluminense, viu o que acontece em boa parte dos jogos em que ele está ausente.

Cenário que preocupa à medida em que não há substituto no elenco atual do Inter. “Parece óbvio, mas a diretoria e o Coudet não criaram alternativas sem ele. O time sofre sem armação e qualidade no meio-campo. O Inter seria um mero coadjuvante sem sua presença” observa o jornalista Alexandre Praetzel.

A chegada de reforços e o grupo mais qualificado, principalmente na faixa ofensiva, oferecem ao treinador colorado um leque maior de opções. Uma hipotética ausência de Alan Patrick desperta portanto, no mínimo, uma reflexão do que deveria ser feito para preservar quem entrega talento e liderança ao time que, assim como ele, deseja títulos.

Solução com ele, mas um problema sem ele

A vitória do departamento jurídico do Inter no Tribunal da Federação Gaúcha de Futebol ao reduzir de seis para dois jogos a pena de Alan Patrick e o zagueiro Mercado pelas agressões na semifinal do Gauchão 2023 certamente foi saudada por Coudet. Pois assim, praticamente desde o início do ano, e não com a metade do campeonato disputado, o treinador pôde escalar o que tem de melhor. E no Beira-Rio, o que tem de melhor atende pelo nome de Alan Patrick. No entanto, outros nomes de grife do elenco ficarão de fora por um bom tempo no decorrer da temporada.

Do meio de junho à metade de julho, Rochet, Aranguíz, e Valencia devem estar na Copa América com suas respectivas seleções. O mesmo vale para Rafael Borré (que se apresenta somente depois do torneio). Somam-se a eles Maurício, Robert Renan e Matheus Dias com chances de jogarem a Olimpíada de Paris do final de julho ao início de agosto. Ou seja, como o Brasileirão não para, será um período longo de desfalques.

Antes dessa circunstância haverá um longo caminho a percorrer. Até lá, o Inter terá o Gauchão finalizado, as Copa do Brasil e Sul-Americana e o Brasileirão em andamento. E com o acúmulo de jogos, encontrar uma solução alternativa para suprir a referência da equipe tende a ser uma necessidade, pois ainda é desconhecida essa hipótese.

“Difícil dizer, porque poderia existir uma reinvenção no jeito de jogar, uma compensação à falta deste jogador que seria buscada. Mas é possível dizer que, dentro da atual estrutura de time e elenco, possivelmente a campanha do Inter em 2023 seria pior do que foi. Os bons momentos do time passam diretamente por ele”, atesta o comentarista esportivo Carlos Guimarães, da Rádio Guaíba.


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