A falta de alternativas para montar um time ou para mexer nele já com o jogo em andamento ficou clara no Mineirão, sábado à noite. Enquanto Cuca promoveu cinco alterações e fez o Atlético-MG ganhar a partida com um gol marcado por um jogador que entrou no segundo tempo, o técnico do Inter quase não mexeu. O problema é que a situação vai piorar de agora em diante, complicando o processo de montagem da equipe colorada que volta a campo amanhã, contra o Ceará, em Fortaleza. O principal desfalque é Edenilson, que se apresentou à Seleção Brasileira. Artilheiro do Brasileirão com nove gols, o volante é considerado insubstituível pela comissão técnica porque não há no grupo outro jogador com as mesmas características. As alternativas possíveis são Gabriel Boschilia e até mesmo Caio Vidal, que normalmente atua como atacante.
Tanto Boschilia quanto Vidal estão sem ritmo e vêm sendo pouco utilizados por Aguirre, mas um deles deve começar contra o Ceará e nas duas rodadas seguintes. Carlos Palacios, que até poderia ser alternativa, também está fora, com a seleção chilena. Guerrero, único reserva que entrou no Mineirão, também já viajou para se integrar à seleção do Peru.
Para completar, Aguirre será obrigado a mexer na defesa, setor considerado o mais ajustado do time. Victor Cuesta, que cresceu de produção depois que começou a atuar na companhia de Bruno Méndez, terá que cumprir suspensão na próxima rodada. O experiente Gabriel Mercado e o jovem Kaique Rocha, trazido da Sampdoria na última janela de transferências, são as opções. O argentino leva vantagem, embora o desempenho de Kaique tenha sido bastante elogiado por quem assistiu aos últimos treinos do grupo colorado.
A delegação colorada viaja hoje para Fortaleza. Desta vez, ao invés de utilizar os voos comerciais, o clube fretou um avião para levar o grupo até o local da partida contra o Ceará.
Fabrício Falkowski