Eleição do Inter marca ascensão da primeira mulher à diretoria
Segunda vice-presidente eleita, Diana de Oliveira se diz orgulhosa por representar mulheres
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Presença feminina em um ambiente predominantemente masculino, Diana se disse orgulhosa com o pioneirismo no clube: “As mulheres se sentirem representadas é uma coisa muito legal. Isso me deixa muito feliz”, garantiu ela, antes de ponderar: “Mas não diminui a responsabilidade, nem a dificuldade”.
O trabalho no clube, porém, não é novidade alguma para a futura vice. “A minha operação de dia a dia já existe há um tempo: não é assim, amanhã vou começar a frequentar mais o clube”, explicou. “Hoje em todas as segundas à tarde, faça chuva ou faça sol, estou no clube, porque tem reunião com os executivos e normalmente tem reunião da comissão de obras.”
E ainda que seu campo principal seja o das obras do Beira-Rio, a futura dirigente colorada assegurou que se precisar dar palpites no futebol, não hesitará: “Todas as considerações que eu entender que são importantes e podem contribuir com a gestão do futebol serão feitas, mas no lugar adequado e da forma adequada”.
Vice-presidência em cinco anos
O crescimento de Diana no Inter foi rápido. Ex-blogueira e integrante do movimento político colorado Internetbv, ela entrou no Conselho Deliberativo do clube há apenas quatro anos, na eleição de 2008. Nos últimos meses, ganhou destaque devido ao seu papel na comissão de obras, que trata da modernização do estádio Beira-Rio.
Mas essa ascendência – a princípio – não tem maiores pretensões. Visivelmente surpresa com a vitória no pleito, Diana garantiu que seu foco está no trabalho e não em cargos: “Se um dia for presidente, vai ser algo natural, mas não vai ser logo”, afirmou ela, entre abraços e beijos de amigos e desconhecidos que a cumprimentaram ainda no Centro de Eventos.
Apesar do grande assédio logo após a eleição, a arquiteta prefere a discrição: “Pop star é o D'Alessandro, o Forlán”, disse, aos risos. A gente está aqui de soldado desta paixão.”