Inter: após quatro anos, reforma do Gigantinho volta à estaca zero
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Inter: após quatro anos, reforma do Gigantinho volta à estaca zero

Conselho Deliberativo rejeitou o modelo de negócio pretendido pelas empresas

Fabricio Falkowski

Gigantinho vai abrir as portas por causa do frio

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Basta passar na frente que se percebe o avançado estágio de deterioração vivido pelo Gigantinho. O ginásio, inaugurado em 1973, já foi um dos principais locais de shows e eventos de Porto Alegre, mas hoje vive o seu ocaso e destoa do Beira-Rio, que está ao lado e foi completamente modernizado para a Copa do Mundo de 2014.

Um processo de negociação para fazer reforma em parceria com um pool de empresas do Rio Grande do Sul começou em 2019, mas viveu o seu capítulo final na noite de segunda-feira, quando o Conselho Deliberativo do Inter, por praticamente unanimidade, rejeitou o modelo de negócio pretendido pelas empresas. Agora, o clube deve lançar um novo edital para buscar outros parceiros para um novo modelo de reforma do local.

O calcanhar de Aquiles da proposta rejeitada pelo CD na segunda-feira foi o valor que seria pago ao Inter. Além de arcar com as despesas da reforma, orçados em cerca de R$ 30 milhões, as duas empresas pretendiam pagar R$ 600 mil por ano mais R$ 1,5 milhão de luvas pela assinatura da parceria. Em troca, exploraria o Gigantinho por 20 anos alugando-o para shows, seminários, palestras, feiras e todo tipo de evento.
 
O valor, além de não ser relevante dentro do orçamento do Inter, que supera os R$ 400 milhões, foi considerado baixo tanto pela atual diretoria quanto pelos conselheiros. Só para se ter uma ideia, pelo aluguel de dez datas para o Disney on Ice, que passou por Porto Alegre em maio e usou o Gigantinho, o Inter faturou R$ 600 mil.
 
O clube negociava com as duas empresas desde 2020, após elas serem selecionadas em uma concorrência lançada ainda durante a gestão Marcelo Medeiros no ano anterior. Um “Memorando de Entendimentos”, que alinhava a parceria, estipulando contrapartidas, prazos e responsabilidades de parte a parte, chegou a ser assinado em 2020. 

Desde então, houve uma tentativa de melhorar a proposta em benefício do clube (o prazo de concessão, por exemplo, diminuiu de 40 para 20 anos), mas o avanço alcançado não foi considerado suficiente nem pela atual diretoria do clube, nem pelos conselheiros. O tamanho do resultado da votação ocorrida na reunião de segunda-feira não deixa qualquer margem para dúvidas: foram 214 votos contrários à parceria, além de dois a favor e cinco abstenções. 

Enfim, rejeitado o negócio com as duas empresas, o Inter volta a estaca zero quanto à reforma. Nos bastidores, os dirigentes comentam que já há outras interessadas na parceria que pretende transformar o Gigantinho em uma arena multiuso moderna e confortável, alinhada com as necessidades mais atuais do mercado de eventos. Os estudos para isso já foram retomados, mas não há qualquer estimativa para que as obras no local sejam iniciadas.


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