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Inter completa 40 dias sem vice de futebol

Cargo estatutário precisa ser reposto pelo presidente Alessandro Barcellos

Papaléo estava no cargo desde agosto de 2021 | Foto: Ricardo Duarte / Inter / CP

De acordo com o estatuto do Inter, a diretoria “será integrada, obrigatoriamente”, por dez vice-presidentes especialistas, entre os quais um deles será o de futebol. Ocorre que, desde a saída de Emílio Papaléo Zin, há mais de um mês, o cargo está vago, sem perspectiva de ser preenchido. Faltam candidatos com perfil e disponibilidade para assumir a responsabilidade de visibilidade e pressão proporcionais. O problema é que, exatamente por ser estatutária, a saída precisa ser reposta, movimentando a oposição já pressiona para que um nome seja indicado o mais breve possível.

Claro que, pelo menos inicialmente, além de tempo e conhecimento específico sobre o futebol, um candidato a substituto também precisaria pertencer a um dos três movimentos políticos que dão sustentação à gestão do presidente Alessandro Barcellos. Ou seja, teria que, preferencialmente, sair das fileiras do Academia Colorada, do Inove Inter ou do Convergência Colorada, que juntos venceram a última eleição no clube, em dezembro de 2020. Porém, devido à escassez de possibilidades internas, nomes de fora dos três movimentos começam a ser cogitados.

Em entrevista no domingo, antes da vitória sobre o Fluminense, por 3 a 0, no Beira-Rio, Alessandro Barcellos reconheceu as dificuldades para repor a saída de Papaléo – que foi o segundo a ocupar o cargo nesta gestão, já que João Patrício Hermann ficou entre janeiro e agosto de 2021. Também ressaltou a profissionalização do departamento de futebol, que agora conta com dois diretores remunerados: um executivo, hoje exercido por William Thomas, outro técnico, ocupado por Paulo Autuori.

Em tese, os dois têm autonomia para gerir o dia a dia do futebol colorado e para tomar decisões pertinentes à pasta, inclusive sobre contratações. Além disso, desde a saída de Papaléo, o próprio Barcellos e o 2º vice-presidente eleito, Arthur Caleffi, se aproximaram do CT Parque Gigante. Ou seja, em tese, o cotidiano do vestiário não necessariamente necessitaria de um vice de futebol para funcionar, embora exista a imposição por parte do estatuto. É neste aspecto que Barcellos se apega para justificar a vacância por tanto tempo.

“Temos que saudar a profissionalização do futebol, que é extremamente benéfica para o clube. É um caminho sem volta. Mas estamos avaliando algumas possibilidades e pretendemos anunciar um novo vice de futebol em breve. Não há pressa, mas é um assunto que estamos tratando”, disse o presidente.

Essa não é exatamente a opinião de todos os conselheiros. Para pessoas ouvidas, o vice de futebol seria importante para defender diante da opinião pública os projetos do futebol, além de servir de elo entre o vestiário e o Conselho de Gestão. O episódio da greve dos jogadores, que cancelou um treino no início de junho é utilizado para exemplificar a importância do cargo, embora, na época Papaléo ainda estivesse no clube.

Alguns nomes já foram sondados. O preferido era o de Felipe de Oliveira, que é diretor das categorias de base. Ele declinou do convite devido a questões familiares. Felipe Becker, que hoje atua como dirigente na base colorada mas foi presidente do Aimoré, seria uma alternativa, mas ele também reluta em assumir por dificuldades pessoais.

Fabrício Falkowski