Inter não deve parar em Luiz Adriano e Aránguiz e mira mais quatro reforços
Dois reforços já estão encaminhados para voltar ao Beira-Rio e buscam suas saídas encaminhadas
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Charles Aránguiz e Luiz Adriano serão jogadores do Inter, mas outros também virão. A ideia é já ter um grupo encorpado até o início de abril, quando se encerra a janela para inscrição de jogadores no Brasil, mas continuar o processo de prospecção de novos jogadores nas semanas seguintes, mesmo que eles fiquem à disposição de Mano Menezes somente no segundo semestre. O objetivo é trazer, além dos dois já acertados, outros quatro reforços.
Neste momento, o presidente Alessandro Barcellos está na Europa ultimando os detalhes para anunciar as contratações do volante e do atacante. O volante, inclusive, já teria firmado um pré-contrato com o clube − informação que não é confirmada pelo empresário do volante, André Cury. O Inter tenta liberar ambos agora, trazendo-os já ao Beira-Rio.
Em forma e jogando pelo Antalyaspor, da Turquia, o centroavante teria condições de desembarcar e já ficar à disposição de Mano Menezes. Ele poderia, inclusive, ser relacionado para o Gre-Nal, marcado para 5 de março. Antes, entretanto, Barcellos tenta obter a rescisão antecipada do contrato do jogador com o clube turco, que se encerra no final de junho. A tendência é que o objetivo seja alcançado.
A situação de Aránguiz é um pouco mais complexa. Ele também tem contrato até o final de junho, mas o Bayer Leverkusen resiste em liberá-lo agora sem receber algum valor em troca. Além disso, o volante não joga desde outubro do ano passado devido a uma série de lesões. O médico Paulo Caputo, que integra a comissão técnica do Inter, já viajou à Alemanha para examinar Aránguiz e chancelou a contratação.
Agora, Barcellos, Cury e o próprio Aranguiz trabalharão para que ele possa vir imediatamente a Porto Alegre. Ele precisará de algumas semanas treinando para finalizar a sua recuperação e entrar em forma. Ou seja, caso consiga a sua rescisão, será preparado para o início do Brasileirão ou, no melhor das hipóteses, para a fase final do Gauchão. O prazo para inscrições de jogadores no Gauchão se encerra em 24 de fevereiro. O Inter corre contra o tempo.
Volante tentará a saída antecipada
Não é a primeira vez que Charles Aránguiz interessa ao Inter. Na verdade, desde que passou pela primeira vez pelo Beira-Rio, entre janeiro de 2014 e outubro de 2015, o regresso do volante é sonhado por todos os dirigentes que passaram pelo clube. Outras tentativas já foram feitas, mas só agora houve um acerto. Aránguiz aceitou reduzir as suas pretensões salariais para um nível que o Inter pode suportar, facilitando o acerto. Na Europa, o presidente Alessandro Barcellos, pessoalmente, trata do negócio com representantes do Bayer Leverkusen.
O próprio Aránguiz poderá ter papel fundamental agora, pedindo aos alemães a sua liberação antecipada. O curioso é que ele também “forçou” a sua venda ao Bayer em 2015, desagradando os dirigentes colorados da época, principalmente o então presidente Vitorio Piffero.
Depois de mais de um ano no Inter, Aránguiz já era um jogador valorizado e um dos destaques da seleção chilena. Ele viera por empréstimo do Universidad de Chile. Para ele ficar após seis meses, o clube, com a ajuda do empresário Delcir Sonda, pagou os 5 milhões de dólares estipulado no contrato. A compra dos direitos ocorreu apenas alguns dias antes da Copa do Mundo do Brasil, em 2014.
Até o ano seguinte, várias propostas surgiram no Beira-Rio para levá-lo. A melhor era do Leicester City, da Inglaterra, que acenou com 15 milhões de euros. Aránguiz, entretanto, não quis transferir-se para a Inglaterra. Preferia o Bayer. A primeira oferta dos alemães foi de 9 milhões de euros. Depois de muita negociação entre as partes, entretanto, o valor chegou a 13 milhões de euros, mais a cedência de 20% de uma futura venda − que acabou nunca se concretizando, já que ele jamais deixou o time alemão.
Na época, ele concedeu algumas entrevistas pressionando os dirigentes a aceitar a venda para o Bayer, desprezando a oferta de Leicester. “Eu quero ir, tenho muita gana. Mas se eu não for, vou ficar feliz em jogar no Inter, assim como a minha família”, disse, na época. O Inter acabou cedendo e fez a venda aos alemães no início de agosto de 2015.
