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Especial

Inter: poderio financeiro para contratações será pauta nas eleições

Alessandro Barcellos e Roberto Melo disputam presidência do colorado no dia 9 de dezembro

| Foto: Ricardo Duarte / Inter / Divulgação / CP

O Inter vive uma crise financeira que se arrasta há anos. Diante deste cenário, nada mais natural que boa parte do debate eleitoral se concentre na busca por uma forma de solucionar a falta de recursos necessários para investir na formação de um time competitivo, em condições de disputar títulos com orçamentos quase três vezes maiores. E esse é um pontos que diferem os programas de Alessandro Barcellos e Roberto Melo, que disputarão os votos dos associados em votação marcada para 9 de dezembro. O atual presidente pretende colocar o clube no mercado de debêntures, enquanto seu oponente buscará apoio em Delcir Sonda e outros empresário endinheirados para alavancar recursos para o clube.

Barcellos e seu grupo, que buscarão a reeleição, montaram um plano aparentemente inovador para captar algo entre R$ 100 e 200 milhões de forma quase imediata. Trata-se de uma emissão de debêntures, que são títulos de dívida de médio e longo prazos normalmente utilizados para o financiamento de projetos, o aumento da capacidade produtiva e para a reestruturação de dívidas. No caso do Inter, a captação serviria para mudar o perfil de uma parte da dívida e injetar recursos no caixa para financiar o dia a dia do clube.

Como o próprio clube, por sua composição jurídica, não pode lançar esse tipo de título, teria que buscar a associação como uma empresa que possa fazê-lo. Já há estudos nesse sentido. Para garantir aos investidores o pagamento dos seus investimentos, com os respectivos juros, o clube daria como garantiria alguma receita recorrente própria, como os recursos que entram mensalmente com o pagamento dos associados.

“Temos certeza que fizemos uma estrutura de financiamento que será uma possibilidade para os investidores, colorados ou não, colocarem seu dinheiro no clube com segurança e boa rentabilidade”, afirmou Alessandro Barcellos, em recente reunião do Conselho Deliberativo. O atual presidente se referia à emissão dos debêntures, mas não deu maiores detalhes sobre o plano.

Roberto Melo, por outro lado, apoia-se na relação de confiança criada entre ele e Delcir Sonda, empresário que vai compor a diretoria como vice-presidente de investimentos. Sonda, que tem uma fortuna avaliada em mais de R$ 5 bilhões, já ajudou o clube em outras oportunidades, contratando jogadores, como o lateral Kleber e o meia D’Alessandro, na década passada, e emprestando dinheiro quando faltava ao clube para o pagamento até dos salários. Durante a gestão de Marcelo Medeiros, ele perdoou uma dívida de R$ 25 milhões do clube, fruto de um empréstimo feito anos antes.

“O Delcir é um grande colorado, apaixonado pelo clube, que já ajudou o Inter em diversas situações, algumas muito difíceis, e em momentos de conquistas, ajudando a montar grandes times. Ele está disposto e tem recursos para ajudar mais uma vez. Então, junto com ele, vamos construir um Inter vencedor outra vez”, enfatizou Melo.

O que são debêntures?

Debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais. São semelhantes aos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto, mas, em vez de financiar o governo, quem comprar os debêntures do Inter emprestará dinheiro para o clube. Os prazos e o formato da remuneração (juros) das debêntures estão definidos e registradas desde o momento da emissão. Ou seja, são pré-fixados. Quem investe em uma debênture sabe por quanto tempo o dinheiro precisará ficar aplicado e também quanto receberá de juros.

Fabrício Falkowski