Inter prevê déficit de R$ 58 milhões no orçamento em 2017
Marcelo Medeiros revelou que herdou o clube com dívida de R$ 25 milhões
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“Todas as instituições têm contas a pagar e a receber. Durante quase 90 dias, tivemos o cuidado em não entrar no aspecto financeiro, pois queríamos ter a nossa visão sobre a situação que o clube se encontra. Dia 3 de janeiro tinha R$ 25 milhões em contas vencidas. Não nos surpreende. Se tivesse nos surpreendidos, não deveríamos estar aqui. A preocupação era fazer um diagnóstico do clube, as avaliações necessárias, encaminhar soluções, atender as instâncias do clube e procurar soluções. É muito confortável para uma gestão transferir dificuldades. Nosso compromisso, além de recolocar o Inter na elite do futebol brasileiro, é que o próximo presidente não encontre as mesmas dificuldades”, afirmou Medeiros na abertura do encontro.
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Os R$ 25 milhões da dívida se referem a R$ 5,9 milhões em cheques emitidos pela gestão anterior, R$ 4 milhões a fornecedores e outros R$ 4 milhões ao cheque especial negativo, além de valores de direitos de imagem dos últimos três meses de 2016 e de impostos. Além disso, terá que pagar em 22 parcelas de R$ 3,5 milhões, referentes um empréstimo de R$ 44 milhões que fez em um banco estatal.
Ao contrário de 2016, quando a previsão de lucro com a venda de jogadores era de R$ 60 milhões, o mandatário revelou que pretende fazer com que os ativos obtidos com negociações de atletas não sejam determinantes para complementar o orçamento. A expectativa do clube é arrecadar R$ 15 milhões neste ano em vendas de jogadores.
A previsão de faturamento na temporada sofreu redução de R$ 332 milhões, apresentados no início do ano, para R$ 262 milhões. Além disso, a direção prevê um déficit em 2017. “É importante ressaltar que embora o orçamento preveja déficit de R$ 58 milhões, temos reflexo no caixa de R$ 19 milhões. Em torno de R$ 39 milhões não têm efeito de caixa e são referentes a amortização e Profut, que irão acontecer no médio e longo prazo, não em 2017. A nossa estratégia é de enfrentar um déficit de até R$ 20 milhões. Além disso, teremos uma redução de despesas em relação ao ano anterior. Não iremos deixar de honrar compromissos”, explicou o diretor financeir Giovane Zanardo, que participou do encontro ao lado do presidente e do colega de função Leandro Bergmann.