Inter resistirá a propostas não vantajosas de negócios

A situação é muito grave, quase dramática. Porém, o Inter já definiu internamente que “não queimará” seus jovens e promissores jogadores para resolver os seus problemas financeiros de curto prazo. Ou seja, já trabalha com a possibilidade de, a despeito de toda a crise imposta pelo coronavírus, atravessar a próxima janela de transferências sem vender nenhum jogador. 

“Não vamos fazer uma loucura. O cenário financeiro é muito complicado e não vai melhorar enquanto as competições não forem retomadas. Ninguém está escondendo isso. Mas também não vamos ceder e nos desfazer dos nossos jogadores por um preço abaixo daquilo que consideramos justo”, afirmou o vice-presidente de futebol, Alessandro Barcellos. 

Segundo Barcellos, o clube ainda não recebeu proposta formal por nenhum dos seus jogadores. A princípio, porém, sabe-se que o zagueiro Bruno Fuchs, que jogou apenas 17 partidas pelo time principal, é o jogador do elenco mais observado por clubes europeus. Nonato também tem potencial para ser vendido agora ou nas próximas janelas. “Não recebemos proposta por ninguém. Nem mesmo uma conversa. Acho que essa janela será bem diferente”, acredita o dirigente colorado. 

O vice de futebol prevê uma janela de transferências diferente neste ano. A tendência é que existam menos negócios e com valores razoavelmente inferiores aos praticados nos últimos anos. Para completar, é esperada a ação de “aproveitadores”, que tentarão locupletar-se da situação financeira de praticamente todos os clubes, principalmente da América do Sul. 

“O Inter já definiu que não cairá na proposta de especuladores. Que resistirá. Para isso, conta com a ajuda da torcida e, principalmente, dos associados. Mas se for preciso, também faremos empréstimos”, continua o dirigente. A janela de transferências para os principais países da Europa, incluindo as para a Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália, estão abertas entre julho e agosto, se não houver nenhuma mudança imposta pela Fifa devido à pandemia.

Barcellos garante que, por enquanto, o clube conseguiu honrar com todos os compromissos assumidos com o grupo de jogadores e também com os funcionários. Entre o final da semana passada e o começo desta, o Inter conseguiu depositar os salários de todos eles. A entrada do valor referente ao empréstimo cedido pela CBF como forma de ajudar os clubes amenizará um pouco a situação, mas está longe de resolvê-la. 

Nos primeiros quatro meses do ano, o Inter apresentou um déficit de R$ 51,2 milhões. Depois de abril, porém, a crise aprofundou-se. Com as competições paradas, as receitas do clube resumiram-se, basicamente, àquelas advindas do pagamento das mensalidades pelos associados e de alguns patrocinadores. “Quando a bola voltar a rolar, tudo melhora. Até lá, nosso objetivo é manter o grupo atual, pagar os salários e sobreviver”, finaliza o vice de futebol.

Nos primeiros quatro meses do ano, o Inter apresentou um déficit de R$ 51,2 milhões. Depois de abril, porém, a crise aprofundou-se. Com as competições paradas, as receitas do clube resumiram-se, basicamente, àquelas advindas do pagamento das mensalidades pelos associados e de alguns patrocinadores. “Quando a bola voltar a rolar, tudo melhora. Até lá, nosso objetivo é manter o grupo atual, pagar os salários e sobreviver”, finaliza o vice de futebol.