Inter vive eleição mais indefinida de sua história recente
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Inter vive eleição mais indefinida de sua história recente

Após presidir clube nos dois últimos anos, Piffero não deve tentar reeleição

Fabrício Falkowski

Inter vive eleição mais indefinida

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A crise em campo, que é histórica e antes inimaginável até pelos mais pessimistas, jogou o futuro do Inter no breu. E sem saber se estará na primeira ou na segunda divisão do futebol brasileiro em 2017, o clube viverá nas próximas semanas um dos capítulos eleitorais mais indefinidos de sua história recente. Apesar da crise intensa, até quatro candidatos podem buscar a cadeira que foi de Vitorio Piffero nos dois últimos anos. Outra hipótese é haver um “chapão” de oposição sem concorrência alguma na eleição.

Antes de tudo, o atual presidente deve pronunciar-se oficialmente. Aos amigos, Piffero garante que não concorrerá à reeleição. Apesar de alguns bons resultados fora de campo, na área do futebol, o atual presidente é responsável pelo apequenamento do Inter — que pode culminar com a queda para a segunda divisão. Além disso, está magoado com as críticas, que considera injustas, e tem evitado aparições em público.

Se Piffero não conquistar um segundo mandato, quebrará uma tradição. Desde 2000, todos os presidentes do Inter são reeleitos, com exceção de Fernando Miranda, que também teve uma gestão trágica dentro de campo (não conquistou nenhum título e não venceu um Gre-Nal sequer), apesar de ter liderado alguns avanços nas questões administrativas. Miranda, pelo menos, tentou a reeleição, mas foi derrotado por Fernando Carvalho.

Se Piffero realmente não concorrer, confirmando a tendência atual, abre-se uma possibilidade muito concreta dos atuais movimentos que integram a sua base de sustentação ficarem sem candidato próprio no pleito. Ou seja, grupos tradicionais, como o União Colorada, o Força Independente Colorada e a parte do Convergência Colorada que integra a administração (o grupo está atualmente rachado entre os que estão dentro e os que estão fora da gestão) não teriam representante na próxima eleição.

Outra possibilidade é o grupo que comanda o Inter neste momento lançar um nome para “cumprir tabela”, mesmo que com escassas chances de sucesso eleitoral. Os principais postulantes são os dois atuais vice-presidentes de Piffero: Pedro Affatato, do União Colorada, e Luiz Henrique Nuñez, do Convergência. 

“A situação é muito complicada. Não dá para ficar visitando consulado e mandando e-mail para conquistar votos com o time desse jeito. Como iríamos fazer campanha?”, questiona um conselheiro ligado à atual administração. “Na eleição dentro do Conselho ainda é mais fácil, pois a maioria vota por amizade. Mas no pátio fica difícil, quase impossível, de ter uma candidatura viável”, continua.

Outra consequência da crise dos movimentos de situação é a possível — embora ainda não provável — união de todas as oposições. Antes fracionada em pelo menos três vertentes, todas com candidato próprio, ela pode vir unida para a eleição. O “acórdão” teria Marcelo Medeiros, candidato derrotado por Piffero no último pleito, na cabeça de chapa. José Amarante, do Movimento Sócio Deliberativo, e João Patrício Hermann, que lidera a fração do Convergência Colorada que não integra a atual gestão, formariam o Conselho de Gestão ou indicariam alguns de seus integrantes.

O projeto está sendo postulado por conselheiros influentes do Inter Grande, origem de Fernando Carvalho, Giovanni Luigi, Marcelo Medeiros e até Vitorio Piffero — embora este último tenha virado as costas ao grupo para concorrer na última eleição, há dois anos. A ideia deve ganhar força se o Inter, no gramado, não obtiver sucesso em seu intento de permanecer na primeira divisão.

Com a Oposição (atual Situação) morta e seus principais líderes, como Piffero, Afattato e Nuñez, inviabilizados eleitoralmente e sem qualquer discurso, o clube poderia viver dias de apaziguamento, tão necessários para o seu reerguimento em campo.

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