O que o Inter precisa para iniciar bem no Brasileirão?
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O que o Inter precisa para iniciar bem no Brasileirão?

Analistas da Rádio Guaíba e Correio do Povo comentam sobre pontos cruciais para o Inter disputar a taça do Campeonato Brasileiro

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Alario não conseguiu repetir outras exibições e saiu em branco contra o Real Tomayapo

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O empate do Inter contra o modesto Real Tomayapo, nesta quarta-feira, deixou o clima no estádio Beira-Rio, ainda mais tenso.

Há dois dias da estreia no Brasileirão, o Inter entra em campo no próximo sábado, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, contra o Bahia pressionado e com a missão de voltar a vencer e se possível jogar melhor do que vem jogando.

Mas, para isso ocorrer, o que o Inter de Eduardo Coudet precisa mudar para colocar o time na disputa do Brasileirão?

Para responder isso, o Correio do Povo foi atrás das análises dos comentaristas da Rádio Guaíba Carlos Guimarães e Gutiéri Sanchez, e do jornalista do Correio do Povo e setorista do Inter, Fabrício Falkowski.

Para os três não há dúvidas que o emocional, a falta de atitude é um dos principais problemas enfrentados pelo Inter, principalmente depois da eliminação contra o Juventude e que o Inter precisará vencer, além do adversário, para iniciar com tudo a competição que mais almeja no ano e que não conquista há mais de 40 anos.

Emocional

Para Carlos Guimarães, é primeiro preciso que o time mude de mentalidade. “Falta competir, não basta ter só construção, protagonismo e sistema, se não competir. Se não tiver vontade de vencer” avaliou. Para ele o Inter, comissão e jogadores, ainda não entenderam últimos fracassos, contra Juventude no Gauchão e nos dois jogos na Copa Sul-Americana. “Nos últimos 4 jogos o Inter fez 1 gol. A última vez que um atacante fez gol faz um mês. É muito pouco”, ressalta Guimarães.

Para Fabricio Falkowski, além da falta atitude dos jogadores, a equipe sentiu muito a desclassificação no campeonato estadual. “Não é possível que o time que estava jogando bem até março tenha desaprendido. O treinador tem que dar liga de novo à equipe”, avalia.

“O Inter tem tido dificuldades da parte técnica e isso gera uma consequência de nervosismo, de falta de confiança e de irritação dos jogadores”, comenta Sanchez.

Esquema

Dificilmente Eduardo Coudet mudará o esquema para jogar contra o Bahia e nos próximos jogos. O técnico gosta de jogar no 4-1-3-2, com um volante na frente da zaga, três meias mais à frente e dois atacantes.

“O Coudet gosta de jogar nesse esquema, ele confia muito no treinamento da semana, e quando as jogadas acontecem realmente é bonito. A questão é quando uma equipe se fecha bem, o Inter tem extrema dificuldade de criar e fica girando a bola tentando encontrar espaço e não consegue. Aí precisa mudar a atitude”, avalia o comentarista da Rádio Guaíba Gutiéri Sanchez.

Para Guimarães, se manter o esquema Coudet não poderá jogar com Borré e Alario no próximo sábado. “Dois centroavantes em um esquema que precisa se mexer não vai funcionar”, analisa.

Para Sanchez, além da mudança de atitude uma troca de jogadores com outras características pode aumentar a intensidade que o time precisa . “De repente tira um meia, como por exemplo o Maurício, e coloca um jogador com mais velocidade. O Inter é muito estático.”

Coudet perdeu a mão?

A queda de desempenho principalmente nas últimas partidas, levam os olhares também para o técnico Eduardo que em um primeiro momento alternou pouco a equipe que vinha jogando no ano passado. Porém, ontem, com um mesclado com jogadores que não vinham atuando e que não jogaram o Gauchão, o time também não jogou bem.

Para Falkowski, Eduardo Coudet também perdeu um pouco o controle sobre a equipe, diferente do ano passado, quando assumiu o comando da equipe, às vésperas do confronto contra o River Plate, pela Libertadores da América. “O Coudet está se atrapalhando com o excesso de opções. Em princípio, ele não está conseguindo lidar com a quantidade de alternativas que ele tem no grupo.

“O elenco é muito bom e isso permite que o Coudet faça variações e nisso eu tenho sido mais crítico. Ele tem que variar, se não o esquema, a escalação, a características de jogadores, se não o Inter vai ficar facilmente marcado”, avalia Sanchez

Ataque

Com apenas um gol feito, pelo lateral Renê, nos últimos 4 jogos, o ataque é um dos setores mais questionados do time de Coudet atualmente. Com a ausência de Valencia, artilheiro do time na temporada e último atacante que fez gols no Colorado (contra o Nova Iguaçu) pela Copa do Brasil, a média de gols do time desabou. “Um mês que um atacante não faz gol. Os outros que estão à disposição não fazem. É muito pouco”, comentou Guimarães.

Se quiser melhorar o ataque, o Inter vai precisar encontrar solução nos jogadores que jogaram ontem, já que ainda não há previsão de volta de Enner. Borré deverá receber sequência no time, já que ontem foi a primeira partida em que atuou durante 90 minutos, e a segunda em que começou como titular. Ao todo são apenas três partidas do colombiano.

Alan Patrick

Outro questionado, é o camisa 10, e um dos principais jogadores, Alan Patrick. Sem repetir as grandes atuações do ano passado, o meia voltou a jogar pouco na noite de ontem e mesmo assim não estará disponível para a estreia do Brasileirão contra o Bahia. “O Alan Patrick ainda tá no cercadinho do Caíque, volante do Juventude”, analisa Guimarães, em referência aos dois jogos contra o Juventude na semifinal, em que Alan Patrick pouco criou.

Para o lugar dele, Coudet deverá fazer adaptações, afinal não há no elenco colorado outro jogador com as mesmas características do meia, no time. Uma delas é deixar Maurício um pouco mais centralizado e jogar com Wanderson e Wesley nas pontas de ataque.

Outra opção seria montar um meio-campo com Thiago Maia, Bruno Henrique e Aránguiz, que se recupera de uma cirurgia na retina. Ainda há Fernando, que é volante e já atuou na primeira função, contra o nova Iguaçu e de zagueiro no empate contra o Belgrano.

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