Presidente do Inter admite que pode não assinar com AG
Giovanni Luigi afirmou que clube não abrirá mão de exigências para reforma do Beira-Rio
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"Nada foi formalizado. O Inter tem uma posição desde o início: aquilo que passou pelo Conselho. Se não for possível, prefiro não assinar algo que eu não tenha respaldo", enfatizou o presidente. "As negociações seguem e não posso estipular que seja hoje a data de previsão de assinatura, ou semana que vem. Ou, inclusive, de não ter assinatura", explicou o dirigente.
Nessa quinta-feira parecia que as idas e vindas teriam fim na relação pré-contrato conturbada entre as duas partes. Um dos principais executivos da AG, Sérgio Andrade, telefonou para o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. O intuito do contato foi "pedir desculpas" pela demora na resolução dos problemas da parceria e garantir - mais uma vez - que haverá um final feliz para o imbróglio. A informação era de que tudo seria solucionado em contatos telefônicos e a data de assinatura confirmada nesta sexta-feira.
A entrevista de Luigi, contudo, indica que as confirmações "positivas" da construtora para os órgãos públicos parece ser uma forma de jogar a responsabilidade para o clube pela demora. "Qualquer contrato pode não ser assinado enquanto ele não foi", pontuou o presidente. "Existem questões que o Inter tem mantido firmeza e das quais não abrimos mão", frisou. "Acho bom eles terem uma postura de assinar, foram muito criticados e não falavam. Precisam dar satisfação à sociedade", acrescentou o dirigente. "Eles ligaram para mim, disseram que estavam prontos para assinar. Eu disse que ocorreria desde que seja vencido aquilo que nós queremos", relatou Luigi.
Questionado sobre um possível "plano B", o presidente colorado despistou, mas reconheceu que o Inter tem um prazo final para resolver a questão, ou desistir da parceria. "Não gostaria de entrar numa discussão nesse momento, pois ainda estou negociando com a Andrade Gutierrez. Logicamente, na nossa cabeça existe um prazo para definir, mas publicamente não gostaria de dizer qual é."
Luigi salientou que sente o desgaste pelas longas discussões. "Mas não cansei. Pretendo terminar da maneira que for, pois tenho responsabilidade muito grande de representar milhões de colorados", arrematou o presidente. "Isso enseja o futuro do clube. Representará muito por anos na história do clube, não só no estádio, mas na eterna rivalidade aqui do Rio Grande do Sul", projetou.