Presidente do Inter diz que adiamento dos jogos é médida válida, mas insuficiente
Alessandro Barcellos diz que clube ‘não vai sair do Rio Grande do Sul”, apesar da falta de perspectivas de voltar a jogar
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Com o CT Parque Gigante e o Beira-Rio alagados, o Inter ainda não sabe como e quando conseguirá voltar a treinar e a jogar. Oficialmente, a CBF suspendeu as partidas do clube até 27 de maio, mas praticamente descartou a paralisação total das competições, contrariando a intenção dos dirigentes colorados, mas também do Grêmio e do Juventude. Ontem, o presidente Alessandro Barcellos, em entrevista à Sportv, disse que o oferecimento, por parte de alguns clubes, de suas estruturas de treinamento para os clubes gaúchas é pouco diante do cenário de catástrofe.
Agente agradece aos clubes que estão dispondo as suas estruturas, mas a gente quer deixar muito claro: nós não vamos abandonar o nosso povo nesse momento. Nós não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar as pessoas aqui sofrendo. Isso é fundamental nesse momento. Fica essa mensagem de agradecimento a todos, mas um pedido de compreensão para que a gente possa achar uma solução que pense nas milhões de pessoas que foram atingidas por essa tragédia”, afirmou Barcellos.
Os dirigentes colorados têm evitado entrevistas até por falta de uma perspectiva mais concreta de retorno ao futebol. No entanto, não se enxerga uma alternativa viável neste momento. Tanto que a possibilidade de deixar o Rio Grande do Sul chegar a ser ventilada pelo clube, principalmente se a CBF não paralisar o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
O Inter considera o adiamento dos jogos válida, pois o clube não tem condições de colocar o time em campo neste momento. Porém, a medida não enfrenta o problema principal, que é o evidente desnivelamento técnico que as enchentes causam às competições. “Foi (o adiamento) uma medida emergencial, que eu vejo insuficiente para o tamanho da tragédia que estamos vivendo. Sei que é difícil para quem não está aqui ter essa dimensão. Às vezes, as pessoas podem pensar que foi uma região específica da cidade. Não. Foi o estado inteiro”, concluiu o presidente.