Representantes do Inter chegam nesta segunda-feira à Suíça
Julgamento do TAS sobre o caso Victor Ramos ocorre nesta terça-feira
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O caso Victor Ramos parece ser algo mais significativo que uma simples irregularidade de inscrição esportiva. À medida que a hora do julgamento do dia 4 de abril no Tribunal Arbitral do Esporte se aproxima, tudo vai tomando contornos de maior importância. Basta observar o quórum envolvido no pleito: TAS, CBF, STJD, Inter, Vitória e diversos profissionais do segmento jurídico-esportivo.
O TAS julgará o imbróglio com três autoridades da área do direito esportivo: o italiano Luigi Fumagalli, o português Rui Botica e o argentino de origem israelense Efraim Barak. A CBF apresenta suas armas por meio do espanhol Lucas Ferrer, que inclusive já atuou pelo TAS. O Vitória se defende com todas as forças e conta com Marcos Motta, que tem prestação de serviços para atletas do primeiro nível mundial, entre eles Neymar. O Inter, por fim, liderado pelo vice jurídico Gustavo Juchem, conta também com os serviços dos renomados Daniel Cravo e Rogério Pastl, além de ter o suporte de advogados suíços contratados especificamente para esse caso.
As partes que representam as entidades brasileiras chegam nesta segunda-feira à Lausanne e de imediato já se reúnem – cada uma em seu QG – para ultimar os detalhes daquele que pode ser um julgamento histórico para o futebol brasileiro. O Vitória garante que não infringiu a regulamentação das inscrições e se vale da guarida dada pela própria CBF no momento da inscrição de Victor Ramos. O Inter, por outro lado, sustenta que a condição de jogo do atleta em questão não seguiu o protocolo padrão e feriu o regulamento e, portanto, o Vitória deve sofrer as devidas sanções, o que teria como consequência a perda de pontos e o rebaixamento. Assim, o Inter voltaria à Série A.
O fato de o TAS ter aceitado julgar o caso parece ser um trunfo para o Inter, pois inicialmente, logo após o final do Campeonato Brasileiro de 2016, tudo indicava que o assunto estava encerrado. No entanto, a porta da última instância esportiva se abriu e através dela poderão passar diretrizes importantes para o futebol brasileiro. Em função disso, nesses próximos três ou quatro dias, a distante cidade suíça de Lousanne será uma nova fronteira do Brasil.