Siegmann critica Luigi por "lambança" na reforma do Beira-Rio
Ex-vice-presidente destaca divergências éticas com atuais homens do futebol do Inter<br />
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"A lambança que foi a demissão do Falcão e as lambanças das obras do Beira-Rio mostram o que é essa gestão", disparou o ex-vice-presidente. "Lamentavelmente, o timoneiro do nosso barco está errado. Não se trata um negócio desse tamanho dessa forma", enfatizou Siegmann. "Até a participação da empresa (Andrade Gutierrez) fica complicada, pois o tempo passa a ser definitivo", ponderou o ex-dirigente.
Ele salientou a perda da Copa das Confederações como um grande complicador para fechar as contas da reforma, apesar da direção colorada afirmar que o impacto não é tão profundo. "Estamos fora e tínhamso feito um desenho de marketing que incluía isso. Agora não tem mais, o que complica o marketing", analisou Siegmann. "O que vejo, hoje, é que ainda nem se chegou à questão do contrato definitivo, isso vai demandar muito tempo com modelos e novas versões", frisou o ex-vice-presidente. "Do jeito que está, o Inter tem uma parte dessas arquibancadas do projeto, outra parte um buraco que não tem dinheiro para tapar e o resto como já tinha antes", lamentou Siegmann.
"E para a Fifa é muito fácil cortar uma sede. Quando o presidente Lula negociou, eles queriam nove sedes. O presidente conseguiu acrescentar mais três", avaliou o ex-dirigente. "Cortar algum dos estádios é uma forma de diminuir custos e fazer da Copa mais rentável ainda para a entidade", garantiu.
Siegmann voltou a falar sobre as divergências com Luigi, que não foram comentadas antes da eleição da chapa deles para comandar o Colorado. "Eu cometi um erro muito grande. Na verdade, nunca trabalhei junto com o Luigi", lembrou. "No momento da eleição, eu considerei que a honestidade era uma característica indispensável para dirigir o Inter, mas eu me enganei", enfatizou.
"(No momento), algumas pessoas que retornaram ao futebol do Inter são indivíduos com os quais eu tenho divergências éticas profundas", relatou o ex-dirigente sem citar nomes. "Não aponto pois não sou ingênuo, mas são pessoas que passaram por lá e não fizeram bem ao Inter. Hoje, elas tem carta branca no Beira-Rio. Comigo, elas não tinha nem carta amarela, nem vermelha. Não tinham nada."