Sonda quer conversar com Luigi sobre venda de Kleber e D'Alessandro

Em meio às festa do Inter pela Recopa, o empresário Delcir Sonda precisou fazer um desabafo. Relatou que pretende negociar o lateral Kleber e o meia D'Alessandro para o exterior, para recuperar o investimento feito quando foi parceiro do clube para trazer os atletas.

"O Kleber está com 32 anos e o D'Ale com 30. já foi muita grana nisso. Eu coloquei aqui sem custo nenhum e agora precisa colocar algo no papel", afirmou Sonda. "Amanhã (hoje) vou almoçar com o Giovanni Luigi e vamos conversar. Já tinha sido aventado no título da Libertadores, mas eu segurei pois tinha o Mundial", lembrou o empresário.

Questionado sobre o encontro, Luigi brincou. “Nem sei se vou almoçar. Tenho usado uma estratégia com outros clubes e com empresários: eu não atendo eles. Eu marco e não vou”, disse. O presidente colorado admitiu que Sonda colocou Kleber no clube sem cobrar custo algum e que investiu bastante em D’Alessandro. Mas disse que vai colocar o maior número de obstáculos para impedir a saída dos atletas. “Aí é brincadeira. Estamos no meio do Campeonato Brasileiro e preciso do Kleber e do D’Alessandro. Delcyr (Sonda) precisa continuar colaborando. Não é o momento de perder jogadores”, destacou.

Sonda fala em vender e repor

Sonda não confirmou que a transferência dos jogadores é certa e acrescentou que não comenta isso com atletas. "Eu não falei que tem proposta, pois há desgaste. Eles gostam muito de Porto Alegre. Vamos ver o que chega, pois se eu for vender e não repor, não ajudo o clube", argumentou.

"Com o Inter eu perco dinheiro, mas perco feliz, pois tenho isso no meu coração. Aqui eu não prego lucratividade, que todo investidor quer", enfatizou Sonda. "Eu podia ter tirado o Kleber e o D'Ale num momento mais lucrativo, mas eu sou parceiro. Quem garantiu a operação do argentino, em meio à crise mundial, fui eu. Dei isso ao clube", frisou. "O Inter faz tempo que me deve. O Nilmar eu ainda não recebi todo. Mas a paixão é assim, estou aqui para ajudar."

Emocionado após a conquista do título, porém, o presidente Luigi disse que não quer papo com o investidor. “O Sonda precisa continuar colaborando, pois não é o momento do Inter perder qualquer jogador”, enfatizou. Ao ouvir que o parceiro queria se encontrar com ele no almoço, saiu-se com essa: “Nem sei se vou almoçar. Quero comemorar, pois são raros esses momentos”.

Sonda também comentou os "desencontros" que teve com a administração colorada no primeiro semestre. "Eu estava chateado com a outra administração. O outro dirigente (Roberto Siegmann) falou que eu pressionei pela sua saída e isso não é verdade", explicou o empresário. "Nunca fui partidário de política. Estou aqui para ajudar o Inter. Sou um torcedor e sócio, nem sou conselheiro. Eu quero ser presidente do Inter um dia, mas precisa ser no tempo certo. Hoje eu não posso".