Taison irá liderar reservas do Inter contra o Ceará para superar fase de contestações

Taison foi contratado para ser o diferencial do Inter. Desembarcou no Beira-Rio após 11 anos na Europa e reencontrou um time acostumado a perder e um clube diferente daquele que ele viveu mais de uma década antes. Marcou alguns gols e foi decisivo em alguns (raros) momentos, mas naufragou junto com o time em 2021. 

Agora, vive uma nova fase, de reserva e de contestações, principalmente depois de ser acusado de ser um dos líderes da greve que impediu a realização de um treino no CT Parque Gigante há um mês. Tanto é assim que, recuperado de uma gripe, ele deve reforçar uma equipe alternativa que enfrenta o Ceará, amanhã, em Fortaleza, pela 15ª rodada do Brasileirão.

Quando voltou ao clube, em abril do ano passado, Taison cumpriu uma promessa feita por ele próprio à torcida. Tinha outras propostas e, se quisesse, alongaria um pouco mais a sua permanência no Shakhtar Donetsk − pelo menos até a explosão da guerra, no início deste ano. Mas preferiu o Inter por seu laço com o próprio clube e com os colorados. O problema é que, de certa forma, ele não corresponde em campo às expectativas que se tinha antes de sua contratação. 

Em 2023, o Inter disputou 35 jogos, considerando Brasileirão, Copa do Brasil, Gauchão e Copa Sul-Americana. Taison começou apenas 13 como titular. Em outros sete, entrou no segundo tempo. Também marcou sete gols, incluindo o que garantiu uma vitória em um dos Gre-Nais do Gauchão. É pouco para garantir a titularidade, principalmente após o desembarque de Alan Patrick, que, por ironia, era seu companheiro de equipe na Ucrânia, quando ambos jogaram no Shakhtar Donetsk.

“O Taison é um líder do grupo. Demonstra isso com sua postura e nas suas declarações. Mas dentro de campo já não tem a mesma importância de outros tempos. Hoje em dia, ninguém consegue contestar a sua presença no banco de reservas”, observa o comentarista da Rádio Guaíba, Gutiéri Sanchez. Taison pode até não ser mais o referencial técnico que se esperava, mas ainda tem condições de ter um papel de destaque no grupo. 

Além de líder dentro do vestiário, pode ser importante no campo, mesmo como reserva, entrando no decorrer dos jogos ou como amanhã, contra o Ceará. “Não acredito mais em um Taison protagonista pela idade avançada e também por sua característica de jogo, que parece não ser compatível com as ideias de Mano Menezes. Mas também há Oscar para ator coadjuvante. E como coadjuvante, ele pode ser muito útil ao Inter em 2022”, concorda o também comentarista da Guaíba, Cristiano Oliveira.

Taison viajou a Fortaleza e deve começar contra o Ceará, amanhã. Também estará no grupo que concentrará para o jogo com o Colo-Colo, mas deve começar no banco de reservas contra os chilenos. Pelo menos, é a tendência.